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Glória Groove lança clipe com Iza e revela ao BNews dificuldades enfrentadas por causa do preconceito

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A produção de "Yo-Yo" já alcançou 4 milhões de views e é uma continuação da música "Coisa Boa" que bateu 33 milhões   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 17/06/2019, às 08h52   Tiago Di Araujo


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Na última quarta-feira (12), Glória Groove emplacou mais uma produção no cenário audiovisual brasileiro que promete mais uma vez números grandiosos. A produção de "Yo-Yo" contou com a participação da cantora Iza, onde as duas são parceiras de crime.

O clipe é uma continuação da produção de "Coisa Boa", que superou 33 milhões de visualizações no YouTube. Na história, após ser presa no último clipe, Glória acaba conseguindo fugir da cadeia e é resgatada por sua parceria, Iza. Objetivo juntas? Colocar em prática um plano de revolução de expressão artística. Para isso, juntas, elas rackeiam um sistema televisivo e começam um movimento de liberdade de expressão, exaltando a verdade de cada um.

Com mais de 4 milhões de views em poucos dias, a reportagem do BNews conversou com a Glória para entender a expectativa da cantora com a nova aposta. No bate-papo, ela fala sobre a parceria com Iza, como foi a escolha, os números que tem alcançado na web e também das dificuldades enfrentadas por causa do preconceito, mesmo já sendo uma artista conhecida nacionalmente.

BNews - "Yo-Yo" é uma continuação de "Coisa Boa". Como foi montado o roteiro? Teve participação da Gloria na montagem?
Glória Groove -
O roteiro veio a partir das referências que compartilho com a Iza e também com o Felipe (Sassi, diretor), já que precisávamos de uma continuação, pensamos: por que não fazer mais um capítulo da saga, recheado de referências? Participei da construção da história, de todos os looks e também do texto de abertura.

BNews - A escolha da Iza foi sua? Como foi a recepção dela pelo convite?
GG -
Ter a IZA na faixa foi primeiro uma sacada dos Dogz - trio de produção e composição do Rio, que também trabalham com ela. Quando me contaram, logo já virou meu sonho também. Fui descobrir que ela já conhecia a versão demo da música e que já se amarrava. O resto é história!

BNews - Diante dos mais de 30 milhões de visualizações no clipe de "Coisa Boa", há uma meta com "Yo-Yo"? Existe a expectativa que ultrapasse os 40 milhões por exemplo?
GG -
Acredito muito no potencial de YoYo numericamente! Em menos de 24 horas já acumulava mais de um milhão de visualizações e ocupou a primeira posição dos vídeos em alta por mais de um dia inteiro. Debutou no TOP 50 do Spotify, e pegou TOP 3 no iTunes. Eu sabia que seria um evento grandioso, mas confesso que não tinha como saber se a galera conectaria facilmente com a sonoridade mais Dancehall/EDM, e por enquanto tô muito orgulhosa do feedback!

BNews - Quando será as turnês internacionais?
GG -
Em Julho a #FASE3TOUR passa pela Irlanda (Dublin) e por Portugal (Lisboa e Porto). Insano!

BNews - Como tem visto a aceitação da sua música por diferentes públicos?
GG -
A massificação do audiovisual feito por drag queens na música tem sido uma construção muito interessante de se acompanhar. A improbabilidade do nosso sucesso e dos lugares onde temos chegado, é o que torna tudo revolucionário. Temos provado que artistas LGBTQIA+ não estão mais restritos a repercutirem somente em seus guetos, mas que são capazes de atingirem todo e qualquer público.

BNews - Mesmo diante de tanto sucesso, a Gloria ainda sofre preconceito?
GG -
Infelizmente a LGBTfobia não pode ser lida como uma condição que se desfaz a partir do sucesso de alguém, principalmente vivendo no país mais homofóbico do mundo - e isso é um dado, não a minha simples opinião. Continuo lidando e convivendo com diversos tipos de discriminação, dessa vez em novos espaços e em outra escala. Não é fácil conseguir uma pauta em um programa de TV. Assim como não é fácil chegar num lugar pra fazer show e custar pra que consigamos respeito: eu, bicha afeminada, e minha equipe encabeçada por mulheres. É uma falsa ilusão pensar que agora, só por ser uma artista conhecida, estou isenta de sofrer algum preconceito.

Classificação Indicativa: Livre

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