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Em áudio, bombeiros são flagrados xingando atriz da Globo: “Gorda, preta e filha da put*”

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Atriz fez desabafo nas redes sociais  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 27/11/2019, às 15h54   Redação BNews


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Áudios de conversas de um grupo de WhatsApp de bombeiros do Rio de Janeiro circularam na internet e mostraram os militares agredindo verbalmente a atriz e humorista Cacau Protásio.

Tudo começou no último domingo (24), quando a atriz esteve na sede da corporação para gravar cenas do filme “Juntos e Enrolados”. Em uma das cenas, Cacau usou farda militar e dançou com quatro bailarinos.

“Olha a vergonha no pátio do quartel central. Essa mulher do ‘Vai que Cola’, aquela gorda, colocou a farda e botou os dançarinos viad*s com roupa de bombeiro. Isso é um esculacho, rapaz. Qual é a desse comandante? Vai deixar uma putari* dessas no pátio do quartel?”, diz um dos áudios.

“Vergonhoso. Mete aquela gorda, preta, filha da put* numa farda de bombeiro, uma bucha de canhão daquela, com um monte de bailarino viad*, quebrando até o chão. Vão achar que é o que? Bombeiro? Aquilo é tudo viad*. Lamentável”, diz outro comentário.

Antes de escutar as mensagens, a atriz chegou a agradecer por ser muito bem recebida no local no dia das gravações. "Eu gostaria de agradecer ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), na praça da República, por nos receber muito bem hoje, nos assessorou em todos os momentos. Muito obrigada! Essa corporação tem meu respeito”, postou, nas redes sociais.

Nesta quarta-feira (27), após ser vítima de racismo e gordofobia, a atriz gravou um vídeo chorando: 
“Sou negra, gorda, brasileira, atriz e não mereço ser agredida assim, como nenhuma pessoa. Isso é crime! Racismo é crime! Você pode não gostar, mas tem que respeitar. Eu sou que sou uma pessoa forte, mas ouvir tudo isso de um ser humano é muito triste”, desabafou.

Vídeo 3.

Uma publicação compartilhada por Cacau Protásio (@cacauprotasiooficial) em

Em nota, enviada à revista Quem, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) disse que não compactua com qualquer ato discriminatório e que abriu um procedimento interno para identificar os militares e apurar a conduta deles.

“Os atos divulgados não representam a corporação centenária que, por anos seguidos, é considerada a instituição mais confiável do Brasil”, ressaltou a corporação.

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