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“É uma catástrofe para Salvador”, afirma diretor da Central do Carnaval sobre o cancelamento da folia

Paulo M. Azevedo
Entrevista ocorreu durante o programa de José Eduardo, na rádio Metrópole, nesta quinta (11)  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo

Publicado em 11/02/2021, às 12h53   Brenda Viana


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Devido à pandemia do novo coronavírus, Salvador cancelou o carnaval. Segundo o diretor da Central do Carnaval, Quinho Nery, são 60 mil empregos temporários que não irão ser ocupados. “Salvador depende do carnaval. A quantidade de pessoas que dependem do carnaval, é quase a cidade toda. A cidade como um todo está vivendo isso. É uma catástrofe para Salvador, para a Bahia. Claro que a pandemia é uma catástrofe para o Brasil, mas precisamos falar de carnaval”, comentou durante entrevista ao programa de José Eduardo, na rádio Metrópole, na manhã desta quinta-feira (11), que seria o início do carnaval na capital baiana.

O empresário, no entanto, segue com a linha de pensamento sobre a possibilidade de não ter carnaval em julho de 2021, como foi especulado nas redes sociais não só em Salvador, como em outras capitais do Brasil. "A gente está trabalhando pensando no carnaval de 2022, esse sim eu acho que não corre risco algum. Ao contrário, será o carnaval de comemoração, celebração, retorno. Achamos que vai ser um carnaval muito forte. Mas se for um carnaval no meio do ano, não vai ter força. A gente fica aguardando as decisões da prefeitura. Não estamos trabalhando com essa possibilidade”.
Além disso, o diretor relembrou que, durante as vendas dos abadás, conseguia gerar estágios para jovens entre 17 e 25 anos. “Muitos deles garotos de primeiro emprego, estavam ali fazendo um estágio supervisionado, aprendendo a ter responsabilidade, logística, muitas qualidades, estavam aprendendo intensamente no prazo de 15 dias, e muitos deles retornam vários anos, em torno de 10, 12, 15 anos e isso é o que mais nos preocupa”, falou. 

Quinho Nery ainda explicou o motivo do fechamento da loja do Shopping da Bahia, que vendia abadás de camarotes e blocos todos os anos para o carnaval de Salvador. “Fechamos a loja, nós tínhamos uma loja no Shopping da Bahia, não havia sentido em mantê-la, porque não tínhamos produto para vender. Reduzimos o escritório, o escritório está se reinventando e os produtos, que são camarotes e blocos, não prosseguiram. O que nos preocupa é a quantidade imensa de pessoas que dependiam desse ciclo econômico”, afirmou.

Nery disse, também, que está otimista com o São João em junho, obedecendo todos os protocolos de saúde, caso a vacina prossiga no mesmo ritmo que está agora. Segundo o empresário, é importante retomar a economia no interior, já que no ano passado não houve evento.

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