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Depois de ter faturado R$ 120 mil do governo Bolsonaro, Sikêra Jr. perde apoio da Caixa

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Três propagandas do banco que iriam ser exibidas no telejornal de Sikêra Jr. nesta quarta foram canceladas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/RedeTV!

Publicado em 30/06/2021, às 20h31   Redação BNews


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Depois de ter recebido R$ 120 mil de por fazer campanhas para o governo de Jair Bolsonaro, o apresentador Silkêra Jr. deixou de ter o patrocínio da Caixa Econômica Federal. A propaganda do banco estatal que iria ao ar nesta quarta-feira (30) no Alerta Nacional foi realocada para o TV Fama.

Segundo o Notícias da TV, três propagandas do banco que iriam ser exibidas no telejornal de Sikêra Jr. nesta quarta foram canceladas. Além disso, o apresentador também perdeu o patrocínio da cinta modeladora Delinea Corpus, que apareceria duas vezes no programa de hoje. 

"A Blindex, seus franqueados, licenciados e parceiros repudiam qualquer tipo de preconceito, discriminação ou discurso de ódio. Tenha certeza de que todas as ações com o programa do apresentador Sikêra Júnior foram imediatamente canceladas e que novas ações de mídia estão sendo minuciosamente avaliadas. Apoiamos e acreditamos no respeito", disse a empresa em nota.

A Casas Bahia, que realizou ações de merchandising no telejornal e tinha vídeos veiculados no canal do YouTube do Alerta Nacional, também informou o cancelamento das propagandas. 

"Repudiamos fortemente qualquer comentário ou atitude preconceituosa. Aqui na Casas Bahia levamos diversidade LGBTQIA+ muito a sério. Em nosso Código de Ética e Conduta consta um tópico dedicado contra homofobia, transfobia ou qualquer outro comportamento ofensivo relacionado a identidades de gêneros e orientações sexuais", disse a empresa em nota.

Sikêra Jr. perdeu patrocínios depois de ter dito ao vivo, na última sexta-feira (25), que os homossexuais eram uma "raça desgraçada".

O comentário de Sikêra Jr. foi feito durante uma crítica a nova campanha do Burger King, em que crianças de diferentes idades são entrevistadas e explicam que é normal ver homens e mulheres do mesmo sexo juntos. Algumas delas têm pais que são gays.

"A criançada está sendo usada. Um povo lacrador que não convence mais os adultos e agora vão usar as crianças. É uma lição de comunismo: vamos atacar a base, a base familiar, é isso que eles querem. Nós não vamos deixar", afirmou Sikêra no programa exibido na última sexta.

"Vocês são nojentos. A gente está calado, engolindo essa raça desgraçada, mas vai chegar um momento que vamos ter que fazer um barulho maior. Deixa a criança crescer, brincar, descobrir por ela mesma. O comercial é podre, nojento. Isso não é conversa para criança", continuou.

Famosos também se manifestaram através das redes sociais. A atriz Samantha Schmutz disse que "nojo é o que temos por você [Sikêra]". A atriz Dira Paes escreveu que estava vendo um "horror". A apresentadora Astrid Fontenelle provocou e disse que apenas "o tempo vai dizer para esse senhor muita coisa!". O ator Bruno Gissoni disse que Sikêra Jr. é "um imbecil". Nomes como Marcelo Adnet, Ana Paula Renault e Rachel Sheherazade também o criticaram.

Outras três empresas cancelaram o apoio ao apresentador, a MRV, que pertence a Rubens Menin, dono da CNN Brasil; a Tim e a empresa de plano de saúde HapVida, que atua no Norte e Nordeste do país, e disse por meio de nota que não apoia o preconceito. 

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