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Clima esquenta e Bulhosa chama Alcindo de homem de armação e chantagista

Imagem Clima esquenta e Bulhosa chama Alcindo de homem de armação e chantagista
Tudo isso porque o vereador do PT quer uma CEI para investigar o Conselho do Carnaval  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 16/03/2012, às 10h42   Rafael Albuquerque


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O carnaval deste ano nem bem acabou, mas o rescaldo político da festa ainda causa burburinho em Salvador. Isso porque o vereador Alcindo da Anunciação (PT), em conversa com o Bocão News, anunciou que deverá entrar na segunda-feira (19) com o pedido de instalação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para vasculhar a fundo todos os trâmites internos do Conselho Municipal do Carnaval e as relações duvidosas, segundo o edil, com entidades como Central do Carnaval e a própria Saltur, capitaneada – ainda – por Cláudio Tinoco.


Para Alcindo, Bulhosa e Jairo da Mata comandam o Conselho e defendem interesses próprios em detrimento de toda a classe. Diante de denúncias recebidas, o petista resolveu ir a fundo nas investigações: “Eu recebi uma série de denúncias contra o Conselho do Carnaval de Salvador, que passou a ser um balcão de negócios. Eles usam a força e estrutura do Conselho para beneficiar seis ou sete entidades ligadas principalmente à Central do Carnaval”. As denúncias dão conta de que “eles usam a Usina Produções, empresa da família de Bulhosa, para contratar as bandas e artistas que querem, que eles têm interesse”.


Contatado pela reportagem, Bulhosa rebateu as denúncias: “A Bahia toda conhece Alcindo e sabe o tipo dele. Foi uma audiência política feita com raiva. Alcindo convocou o Conselho e grandes entidades para conversar, mas como ninguém quis, sabendo que ele não tem representatividade nenhuma, e por isso ele ficou com raiva”. Para o presidente, a revolta do vereador tem motivo certo: “Ele se juntou com um grupinho de energúmenos. Para quem não sabe, o vereador é proprietário de bloco e banda e tenta fazer chantagem. Ele é um homem de armação. Isso tudo é porque a eleição está vindo aí e ele não vai se reeleger”.


Ao contrário do que Alcindo afirmou à reportagem, Bulhosa disse não ter sido convidado para a audiência pública, que aconteceu nesta quinta-feira (15). “Ele foi tão covarde que não convidou o Conselho para esta audiência. Na audiência, tinha até gente que dizia representar os afoxés, mas que não representar nada”. Bulhosa pretende, inclusive, processar as pessoas que o difamaram na ocasião: “Eu já estou pedindo uma cópia do que eles falaram nessa audiência, pois vão ter que arcar, se for o caso, com processo criminal por calúnia e difamação”. Sobre as denúncias de que teria beneficiado a Central do Carnaval e a Usina Produções – empresa que seria de sua família, Fernando Bulhosa explica: “Ele vai ter que provar que nós beneficiamos a Central do Carnaval e a Usina Produções. Essa empresa não é de minha família. A Central é organizada e não banca ninguém”.


Contrariando pessoas de dentro do próprio PT, que segundo Alcindo teriam mandado recado dizendo que “essas pessoas do carnaval ajudam o partido”, Alcindo pretende pedir na segunda a instalação da CEI, e garante que vai ser aprovada: “Eu precisava da assinatura de 21 vereadores par abrir a CEI, mas já tenho 23. Eu não tinha dado entrada porque queria ouvir as entidades. Mas como já realizamos a audiência pública, segunda-feira darei entrada”. Além disso, o rebelde petista pretende recorrer ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM): “Vou fazer uma petição para que o Tribunal de Contas dos Municípios faça uma auditoria no Conselho do Carnaval e na Saltur, pois há a Saltur tem sido conivente”.


Alheio às denúncias, Bulhosa falou com tranquilidade: “Tenho banda, produtora e bloco, mas faço tudo profissionalmente. Agora, quem sustenta Alcindo é Marcos Medrado, um cara muito bom e que dá a rádio para ele falar. Ele é um pobre coitado. Ele é deplorável e quer fazer chantagem com as entidades”. Sobre a relação duvidosa entre o Conselho do Carnaval e a Saltur, Bulhosa foi enfático: “Ele vai ter que provar. Vai investigar o que? A Saltur é independente e o Conselho é um órgão de fiscalização. Vou conversar com Tinoco para saber qual o tipo de conluio há entre a Saltur e o Conselho”, finalizou.  Seguro do que está fazendo, Alcindo afirmou saber que sofrerá represálias: “não resta dúvida que haverá retaliação. Mas não se pode fazer a omelete sem quebrar os ovos”.


Quinho Nery, da Central do Carnaval, foi procurado para comentar as denúncias, mas não a reportagem não otbeve sucesso.

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