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Saiba como funciona a 'Máfia do Spotify' para colocar artistas entre os mais ouvidos na plataforma

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O esquema foi divulgado pelo colunista Leo Dias, do site Metrópoles, nesta quinta-feira (2)   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 02/09/2021, às 10h10   Redação BNews


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Quem costuma ouvir música pelo Spotify já deve ter estranhado ver uma música que você nem conhece entre as mais reproduzidas na plataforma. O que deveria ser resultado de sucesso e muita procura por parte dos usuários, na verdade é fruto de uma esquema criado para burlar o sistema de streaming e gerar lucros para os responsáveis pela prática. Nesta semana, uma cantora apareceu aos prantos nas redes sociais por ter sua música excluída da plataforma.

Chamado de 'Máfia do Spotify', o método ilegal foi divulgado pelo colunista Leo Dias, do site Metrópoles, nesta quinta-feira (2). De acordo com a publicação, o esquema consiste em colocar a música daquele artista que contratou o "serviço" no maior número de playlists possíveis na plataforma. O intuito é que a canção  aumente o número de plays e, consequentemente, suba no ranking oficial do Spotify.

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Segundo o colunista, os espaços nas playlists são vendidos e negociados por altos valores com cantores, produtores e empresários de artistas. Sendo assim, quanto maior a presença do lançamento, melhor a performance e maiores são as chances de emplacar nas principais playlists da plataforma.

Em nota, a plataforma informou que a prática viola seus termos de uso: “Qualquer serviço que alega oferecer colocação garantida em listas de reprodução no Spotify em troca de dinheiro viola nossos termos e condições e não deve ser usado”, pontuou. “Os serviços de terceiros que anunciam streams em troca de pagamento violam nossos termos e condições, e usá-los pode resultar na remoção de sua música do Spotify. Qualquer serviço que alega oferecer colocação garantida em listas de reprodução no Spotify em troca de dinheiro viola nossos termos e condições e não deve ser usado”.

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E não para por aí. Ainda de acordo com a publicação, além da venda de espaços em playlists, existe também a contratação de  ouvintes fantasmas/robôs que são programados para acessar automaticamente as músicas e aumentar os plays.  Os valores variam de R$ 57 para 1000 plays até R$ 177 para 5000.

O responsável por um site que oferece o serviço, mas não teve a identificação revelada na matéria, detalha como funciona o esquema. “Com ela, fica mais viável a popularidade da sua música e de você enquanto artista, com a possibilidade de alcançar uma base de fãs. O aumento de plays faz com que a sua música seja encontrada com mais facilidade, otimizando as suas taxas de royalties a partir da quantidade de plays adquiridas”.

Através dos stories do seu perfil oficial no Instagram, Leo Dias contou que será divulgada uma série de reportagens sobre o caso e que o Spotify abriu uma investigação para apurar a denúncia. "A intenção da coluna não é "desmascarar" nada, derrubar ninguém.. É fazer você pensar, questionar: porque aquele artista do nada foi pro topo? Uma música que você nunca ouviu, sem qualidade nenhuma", esclareceu.

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