Entretenimento

Em entrevista ao BNews, Tony Salles conta detalhes do novo DVD do Parangolé

Imagem Em entrevista ao BNews, Tony Salles conta detalhes do novo DVD do Parangolé
A gravação será realizada no próximo sábado (24), durante o Pagodin, na Arena Fonte Nova  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/11/2018, às 08h52   Tiago Di Araujo


FacebookTwitterWhatsApp

E o que tem para o próximo sábado (24) é festa 'Open Bar'. Ao menos o hit do Parangolé vai embalar o Pagodin, que acontece na Arena Fonte Nova. É que a banda vai gravar o primeiro DVD sob o comando de Tony Salles, que nesta terça-feira (20) contou detalhes do projeto em entrevista ao BNews.

Durante o bate-papo, o cantor explicou a escolha do tema 'O Som que vem do Povo', revelou que será a última banda do evento, onde o show terá dois momentos, e justificou a escolha pelos nomes de Xanddy, do Harmonia do Samba, e Léo Santana para participar do DVD. "Para participar de um DVD tem que ser uma pessoa muito próxima, tem que ser muito verdadeiro".

Confira a entrevista na íntegra abaixo:

BNews - Além de já ser uma ocasião especial, o que está sendo preparado como “algo a mais” para esse DVD?
Tony Salles -
Tem sim. O DVD já é algo especial pra gente. Quando decidimos fazer o DVD, decidimos que tínhamos que contar a história do Parangolé, desde que eu entrei, em 2014, e de lá pra cá se criou uma história muito bacana. A gente resolveu contar essa história nesse DVD que vai ser gravado no Pagodin.

BNews - Porque a escolha para gravação no Pagodin? Teve algum motivo especial?    
Tony Salles -
Na verdade já existia o show do Pagodin. E a ideia de fazer um DVD em Salvador também já existia. Aí juntamos uma coisa à outra. Mas, já existiam as duas situações, só fizemos juntar.

BNews - Como foi a escolha do nome “O Som que vem do Povo”?
Tony Salles -
Através de reuniões. Estamos com Fred (Soares, o diretor) e ele está colaborando muito para isso. É uma pessoa que tem um entendimento melhor e ele foi uma das pessoas que mais bateu nessa tecla, nessa questão de som do povo. Porque o nosso som é realmente um som do povo. É um som que toca muito nos bailes, em festas, é um som de rua. A ideia de a gente fazer esse tema do DVD é para representar o que realmente nós somos hoje. Imprimir a identidade mesmo.

BNews - Já são três anos na banda, se apresentando em eventos grandiosos, inclusive no exterior. Mas, ainda rola nervosismo? E a ansiedade como está?
Tony Salles -
Esse friozinho na barriga vai muito de momento. Agora mesmo no Salvador Fest, se criou muito a expectativa por parte do público e por parte da gente também. A expectativa estava muito alta para esse show e aí quando a gente chega lá, vê aquela multidão no Parque de Exposições, não tem esse. Dá esse friozinho sim. No DVD, não vai ser diferente. Pois, tem a responsabilidade do show, que tem que ser maravilhoso, e também a questão do DVD, então dobra a responsabilidade.

BNews - Foram divulgados os convidados, Xanddy e Léo, que já vão estar no Pagodin. Já são nomes que você queria?
Tony Salles -
Já existia o meu interesse em fazer algo com eles. Não da forma que vai ser no DVD, que vai ser algo melhor ainda do que eu imaginava. Existia esse interesse pela amizade que eu tenho com os dois, tipo gravar música com Léo ou gravar com Xanddy, colocar no CD e tal. Quando eu vi a questão do DVD, que estaríamos no mesmo evento e essa vontade já existia, aí eu juntei tudo.

Porque tem participação em CD e participação em DVD. Para participar de um DVD tem que ser uma pessoa muito próxima, tem que ser muito verdadeiro, você tem que passar ali para as pessoas a verdade e aí eu pensei logo nos dois. Xanddy porque temos uma história de muito tempo, de quando ele começou a surgir com o Harmonia, eu estava ainda no Poder Dang, então viemos meio que juntos, ele participando de shows comigo e eu com ele, no início do Harmonia. E Léo para começar, a história do Parangolé passou por Léo e de uma forma brilhante. Então, existe essa questão, e segundo que sou amigo de Léo. Eu acho que uma hora ou outra, se eu não conseguisse juntar nesse DVD, a gente ia juntar alguma hora.

BNews - Como será a participação deles no DVD?
Tony Salles -
Não vai ser o normal, que seria Xanddy entrar e cantar uma música, Léo entrar e cantar outra. Não. Eles vão cantar a mesma música. Nós vamos dividir o palco os três na mesma música e vai ser uma música inédita. E aí, depois vem alguns clássicos que estamos bolando aí para também matar um pouco da saudade.

BNews - E o repertório? Já tem um número certo de músicas? Vai ter mistura de sucessos mais antigos com as músicas novas? Vai rolar músicas de outras épocas do Parangolé? O que você já faz nos shows.
Tony Salles -
Repertório do DVD é um. Repertório do show é outro. A gente vai fazer os dois. É por isso que a gente optou por tocar no final, seremos a última banda, justamente por isso, temos mais tempo, não atrapalha ninguém.

BNews - Como você tem enxergado o momento do pagode baiano? Em meio às críticas recebidas pelo axé, o pagode tem sustentado a música da Bahia em alto patamar. Você tem essa sensação também?
Tony Salles -
Primeiramente eu torço pela música baiana, quero deixar bem claro aqui. Eu quero muito que Tomate esteja bem pra caramba, muito que Bell voltasse a pipocar com a carreira solo dele. A gente briga pra isso. Só que assim, eu sou pagode, então eu vou brigar pelo pagode. Então, quando eu junto Xanddy e Léo no meu DVD, eu estou fortalecendo a minha música, estou fortalecendo o meu pagode. Eu acho que falta muita coisa tipo isso que estou fazendo no DVD, falta muito na música baiana. Falta muito, essa coisa da união. Eu nunca tive um convite quando mais precisei, eu nunca tive um convite.

Isso é de mim. Eu faço isso desde a época do Raghatoni. Eu fiz muito isso. E confesso que tinha momento que ficava um pouco triste. Porque eu esperava isso de bandas que estavam acima de mim ali no posicionamento e não acontecia. Mas, eu não parei. Eu continuei fazendo isso até hoje. No Parangolé você me ver fazendo isso.

BNews - A grande aposta para o verão e carnaval vai ser mesmo ‘Open Bar’ ou a chave pode virar para ‘Joga a Rabeta do Chão’?
Tony Salles -
Por mais que você escolha, não vale de nada, quem decide é o público. O que eu tenho visto hoje é que a música ‘Open Bar’ tem crescido absurdamente. Nosso clipe já está em 2 milhões de visualizações. Tive agora na Europa e vi as pessoas cantando. Hoje eu vejo que Open Bar pra mim já é a música do verão.

BNews - Você já tem um tempo na estrada, mas você considera o melhor momento da sua carreira?
Tony Salles -
Eu acho que é o melhor momento da minha carreira por várias coisas. Eu vivi momentos maravilhosos, Raghatoni me trouxe momentos maravilhosos, o Tchan me trouxe momentos maravilhosos. Eu comecei a conhecer países através do Tchan. No Cafuné, eu comecei a sair da Bahia. Então, tudo tem uma história. Eu sou grato a tudo isso que vivi. Porém, no Cafuné por exemplo, eu vivi várias coisas, mas faltava muita coisa em mim, eu não me sentia preparado para tudo aquilo que estava acontecendo, não tinha a cabeça que tenho hoje, não tinha a família que eu tenho hoje, então, é uma soma de coisas, e eu acho que essa soma é que faz que o momento seja o melhor da sua vida. Hoje, eu vejo que é o melhor da minha vida é por conta do que eu tenho, esse conjunto.

BNews - Como está a relação com a família?
Tony Salles -
A vida da gente é louca, apesar que já foi pior. Na época do Tchan por exemplo, apesar de estarmos perto ali, era a mais a coisa do trabalho, era como se não estivesse. Hoje, mesmo estando cada um para um lado, ela com os eventos dela, eu com os shows, a gente ainda consegue se encontrar mais. É louco isso. Por incrível que pareça. Conseguimos ficar mais juntos, quanto mais depois de Giulia. Conseguimos sair, viajar juntos, como agora que fiz questão que ela fosse lá para Europa, onde estava fazendo shows.
E Giulia é a única criança que eu vejo que queria conhecer a Europa. Queria conhecer a Itália e França. E assim, a gente não tem essa referência de dizer que anda na Europa. A gente é mais pelos Estados Unidos, se for para fora do país. E aí ela veio com essa: “eu amo massa e eu preciso comer a massa de lá papai”. Aí a gente teve essa oportunidade.

BNews - Voltando ao Parangolé, quais são os projetos de verão? Após a gravação do DVD. Já tem data de estreia dos ensaios?
Tony Salles -
Estamos focados no DVD, agora dia 24, no Pagodin. Assim que passar o DVD, a gente toca o projeto com Jerry Smith. Gravamos uma música, já está gravada, e vamos gravar o clipe, e ao mesmo tempo, em janeiro, começa os ensaios da gente de verão. Todos os domingos de janeiro e invade um pouco fevereiro.

BNews - Carnaval, o que já tem fechado?    
Tony Salles -
Carnaval estaremos desde quarta até domingo em Salvador. Na segunda vamos atender alguns pedidos, como Barreiras, que fazemos um bloco lá. Na terça, estamos definindo se vamos para o Pará ou vamos finalizar aqui na Barra. Em breve, vamos divulgar tudo com essa parte aí também já definida.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp