Publicado em 27/11/2012, às 16h03 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
Ao desembarcar no imponente edifício Infinity Tower, no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo, capta-se no ar certo clima de inovação. Jovens, roupas descoladas, smartphones, tablets e notebooks de última geração circulam num ambiente que mistura trabalho intenso e diversão. Essa é a atmosfera da nova residência oficial do Facebook no Brasil, aberta pela primeira vez nesta segunda-feira a um grupo de jornalistas.
Ocupando 1.800 metros quadrados do quinto andar do edifício (que está prestes a receber outro gigante do setor, a Apple), o escritório da rede social abriga 45 profissionais. E mantém uma marca da empresa de tecnologia: ausência de divisórias, possibilitando o contato direto entre funcionários de níveis hierárquicos distintos.
Nem a mesa do principal executivo da companhia, Alexandre Hohagen, escapa dessa estrutura. Não há salas especiais. Cada funcionário pode escolher se deseja trabalhar sentado à sua mesa ou de pé, graças a um recurso do móvel – há gente que muda de posição no decorrer da jornada. A decoração é minimalista, com tons claros, e duas paredes brancas convidam os funcionários a desenhar ou deixar sua mensagem. Sofás, pufes e cadeiras amarelas completam o ambiente.
Distante poucos metros das mesas de trabalho, está a cozinha, com bebidas e guloseimas gratuitas, uma marca já tradicional entre as empresas de tecnologia. Por ora, não há espaços para relaxamento, com mesas de ping-pong ou pebolim, como também é comum entre as companhias do setor. Estão lá apenas um skate e uma bicicleta para locomoção interna, usada algumas vezes pelo próprio Hohagen. “É meu momento de relaxamento”, explica.
Às sextas-feiras, escritórios do mundo todo se conectam à sede de Palo Alto, Estados Unidos, para uma videoconferência de uma hora com o CEO e fundador da rede, Mark Zuckerberg. No formato perguntas-e-respostas, o encontro virtual pretende aperfeiçoar o produto. Zuckerberg costuma ser exigente, pedindo por vezes explicações complexas.
A transferência para a nova sede foi uma mudança simbólica para o Facebook no Brasil. Ocorreu meses após o serviço atropelar o ex-líder do segmento, o Orkut. E ilustra como o site cresceu no último ano. “Há 18 meses, trabalhava em minha casa, conversando com pessoas da empresa em outras parte do mundo pela internet e ao mesmo tempo pedindo a minhas filhas que falassem baixo durante minhas reuniões”, diz. Por último, mas não menos importante: a empresa tem 14 postos de trabalho abertos.
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