Após um show apenas morno de Nando Reis, o Rappa foi o responsável por, definitivamente, abrir o Festival de Verão como ele merece. Centrado na carismática figura do vocalista Falcão, a banda despejou sucessos e uma quantidade enorme de energia no público, que não tinha outra maneira de devolver a provocação a não ser pulando, cantando e indo à loucura.
O Rappa já é tradicional no Festival de Verão, mas definitivamente não pode ser considerado um show morno, não importa em que fase da carreira estejam. Lembrando o fato de que participa regularmente da festa, Falcão ressaltou que a mistura que o evento promove dá certo e é positiva, mas não perfeita "Mas isso é porque 'perfeito' não existe", declarou, antees de chanmar a plateia a ignorar a cor da pele e "se misturar", na agitada "Homem Amarelo".
Não havia muita diferença entre as canções mais desconhecidas da maioria para os sucessos que arrebataram o público em mais de 15 anos de carreira. Igualmente empolgada, a plateia fez estremecer as estruturas de pista e camarote, mas deu banho de empolgação em "Me Deixa", "Pescador de Ilusões" e "O Que Sobrou do Céu". Sobrou tempo ainda para homenagear Luiz Gonzaga - chamado por Falcão de "nosso Bob Marley" - na canção "Súplica Cearense", com imagens do Rei do Baião nos telões do festival.
Nota originalmente postada às 23h do dia 16
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