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Capital arrisca novidades, mas volta ao de sempre no Festival

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Banda está em turnê de divulgação de "Saturno" e coloca canções novas no repertório  |   Bnews - Divulgação Foto: Divulgação

Publicado em 19/01/2013, às 13h00   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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O Capital Inicial é possivemente a banda de rock que mais vezes tocou no Festival de Verão de Salvador e geralmente apresenta um show parecido ano após ano. Porém, em 2013 os brasilienses vêm em turnê de divulgação do novo álbum, “Saturno” e arriscaram os novos sons do disco ao vivo para tentar sair do repertório consagrado do grupo.

O show começou com duas novas canções, “O Bem, o Mal e o Indiferente” e “Noites em Branco” e seguiu com diversas canções novas do disco, que segue por uma linha mais rock, apesar das típicas baladas de espírito adolescente. Aqui e ali, as faixas de “Saturno” foram sendo inauguradas no repertório da banda, mas sem a recepção mais calorosa de outras mais antigas. Entretanto, o rugido das guitarras de Yves Passarel ganhava os mais ávidos pelo peso.

Mas como não poderia deixar de ser, Dinho Ouro Preto e Cia acabaram se rendendo à força dos sucessos do grupo, o que melhor conseguiu resistir aos efeitos do tempo e renovar seu público na geração dos anos 80. Primeiro com “Fátima” e depois com “Música Urbana”, a banda foi revisitando aos poucos seu cancioneiro e velocidade um pouco mais baixa que a normal, o que denuncia que, apesar de ainda terem rostos joviais, os capitais são tios de quase 50 anos.

A histeria do público foi maior em “Primeiros Erros”, “Natasha”, “Que País É Este?” e “Mulher de Fases”, canção emprestada dos Raimundos que faz sucesso nos shows do Capital há anos. Mas também houve a oportunidade de resgatar outro clássico da fase em que a banda ainda se segurava na dificuldade de vender discos no fim dos anos 80, “Independência”.

A nota curiosa do show ficou por conta das derrapadas de Dinho Ouro preto na passarela que se aproxima da plateia. Com o piso molhado, o vocalista patinou e fez piada com a queda que quase o matou há pouco mais de um ano. “Só falta eu cair aqui de novo. Se eu cair, vocês me seguram, viu?”. Logo depois, foi aos contra-regras do evento para colar adesivos nas solas dos pés e evitar o vexame.


Nota originalmente postada às 23h do dia 18

Classificação Indicativa: Livre

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