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Eva encerra Festival da Cidade com estreia “tranquila” de Pezzoni

Roberto Viana
Porto da Barra estava cheio sem estar lotado e público variado preferiu brincar em paz  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana

Publicado em 01/04/2013, às 12h03   Lucas Esteves @Twitter: @lucasesteves)




A Banda Eva encerrou o Festival da Cidade, realizado durante esta semana para comemorar o aniversário de 464 anos de Salvador. A nova formação da banda, que tem o cantor Felipe Pezzoni à frente dos vocais, fez um bom show, mas encontrou um público não tão gigantesco como costumava enfrentar, uma vez que o Farol da Barra recebeu um público proporcional ao número de moradores que ficaram na cidade durante a Semana Santa. Foi a estreia do cantor em Salvador.
Ainda “verde” para a responsabilidade que o cargo exige após a saída do carismático Saulo Fernandes e de todos os músicos remanescentes do grupo, Felipe fez o possível para agitar a plateia, mas demonstrou que ainda levará algum tempo para imprimir sua marca em uma das bandas mais queridas do Brasil. Por sorte, o repertório com uma fila interminável de sucessos ajuda e os fãs receberam bem o novo cantor, que segurou o rojão numa apresentação bastante longa, de mais de duas horas.
Desde cedo, o Farol revelava que o público que apareceria para curtir o show de encerramento do festival não seria o típico folião louco por festa. Muitas famílias, casais de namorados, moradores e típicos frequentadores da região foram lentamente se aglomerando a partir das 17h. Até as 19h, horário originalmente agendado para o início da apresentação, o público era apenas razoável. A tranquilidade surpreendeu quem achou que a "bagaceira" seria a ordem.
A comerciante Rose Maria do nascimento trouxe a mãe e o filho pequeno de Vitória-ES para passar a Semana Santa em Salvador e disse ter descoberto durante o passeio no bairro que o show aconteceria. Entre um pastel e um cachorro-quente, disse que ficaria no local se a “agonia” não tomasse conta na hora do espetáculo. Então, pelo que se viu, ela ficou!

Pouco antes das 20h, Felipe e o novo Eva entraram no palco e foram despejando um sucesso atrás do outro. Bem diferente de Saulo, Felipe demonstrou uma postura mais contida e foi tomando seu tempo para se acostumar à posição que ocupa. A banda, por sua vez, apesar de bastante entrosada, demonstra que ainda falta viver a “maratona” que o Axé Music imprime. 
O ritmo do show acabou deixando o público mais solto, uma vez que a conhecida ligação entre inúmeras canções uma atrás da outra não ocorreu. Após uma música, uma pausa, seguida de nova canção e nova pausa, o que dispersava a multidão. Como a galera não era exatamente a plateia que costuma frequentar show de Axé Bahia afora, natural que o show transcorresse em ritmo menos frenético. Mas para quem queria curtir na boa foi perfeito, pois não faltou espaço para brincar e gente para conhecer.
Animada, a estudante Talita Rebouças estava de prova da tranquilidade do evento. Ela desfilava com uma prima e dois amigos para todos os lados e, mesmo indecisa de onde queria ficar, conseguiu ir para onde quis e, em todos eles, se divertiu. Ela veio com aintenção de curtir o show, mesmo sem conhecer muito bem o trabalho de Felipe Pezzoni. Pesaram, para ela, os sucessos quea banda colecionou ao longo dos anos.
O Eva trouxe como convidados na longa apresentação original Magary, Márcio Victor, Manno Góes e Levy Lima, do Jammil, e Duda Sepúlveda, da Diamba. Em todas elas, sobraram elogios mútuos e desejos de sorte a Pezzoni, que foi até bastante condescendente com as visitas e as deixou roubar a cena por diversas vezes. Animado, o público não estava muito atento a estes detalhes e preferiu gastar o tempo dançando.

Nota originalmente postada às 19h do dia 31

Classificação Indicativa: Livre

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