Entretenimento

'Ou vivia refém ou tomava o poder da comunicação', diz Daniela Mercury

Publicado em 09/04/2013, às 13h53   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A cantora Daniela Mercury concedeu entrevista ao Estadão e novamente comentou sobre a oficialização do seu relacionamento com uma mulher, Malu Verçosa, da Rede Bahia, na semana passada. Confira a entrevista feita pelo jornal.
O que a fez tornar público seu relacionamento com a jornalista Malu Verçosa? 
Daniela Mercury - Foi a necessidade de sermos respeitadas. Eu, como uma pessoa famosa, sabia que só havia dois caminhos: ou vivia refém, acuada e com medo de ser discriminada e ter minha vida tratada como fofoca por algum veículo pouco sério, ou tomava para mim o poder da comunicação sobre a minha relação.
Já não é hora de a opinião pública encarar fatos como esse com mais normalidade?
Daniela Mercury - Se falássemos mais claramente sobre tudo no nosso cotidiano e se não houvesse uma incompreensão do que é o amor entre duas mulheres ou entre dois homens, se fôssemos educados com a consciência dos nossos direitos e das leis que nos protegem como cidadãos, tudo seria diferente. Infelizmente, essa não é a realidade. Espero que daqui para frente o casamento entre mulheres ou entre homens seja tratado de forma natural.
Sua revelação pode ser encarada como uma afronta às posturas do deputado Marco Feliciano (PSC) e da cantora Joelma?
Daniela Mercury - O deputado Feliciano é despreparado para representar a nossa sociedade. Suas afirmações demonstram a falta de consciência de que um deputado, como qualquer cidadão, deve respeitar a Constituição e os códigos de convivência universais estabelecidos. Sobre Joelma, eu sinto muito que ela ache que ser gay é um problema.
O antropólogo Luiz Mott diz que seria bom que outras cantoras gays não assumidas a usassem como exemplo porque "quem não levanta a bandeira carrega a cruz". Concorda com isso?
Daniela Mercury - Minha primeira resposta deixa claro: ou se assume o ônus de quebrar padrões ou você vive numa posição de discriminado.

Fonte - Estadão

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp