Após mais de 20 anos de banda, o baixista Manno Góes, do Jammil e Uma Noite, já está programando sua aposentadoria dos palcos. Isto não quer dizer, porém, que a banda terminará. Terminará, sim, sua carreira de músico e começará em tempo integral a de empresário, sentado “atrás de uma mesa”.Manno publicou em sua conta de Facebook um depoimento sobre esta nova fase e, em tom tremendamente pessoal, falou de alegrias e de agruras de ter sido músico durante tanto tempo. Nas considerações, comentários honestos sobre todos os sucessos e insucessos da jornada e, no final, uma consideração de que está perto o momento de parar.
“Amo tocar. Mas tô cansado. Cansado de avião. De solidão de hotel. De noites viradas. Depois de vinte anos sei que não fiz tudo isso por causa unicamente de mim, dos meus amigos e familiares; fiz principalmente pelos fãs”, confessou Manno. Segundo ele, não há mais muito o que falar sobre música e que o que há de melhor para fazer, de sua parte, é ajudar pessoas.
Por conta disso, o baixista deixa no ar que o Jammil continuará e que Levi Lima ficará à frente do grupo. Por sua vez, gerenciará a banda e usará o restante do tempo para viver. “Preciso viver. Nesse mundo de deserto tenho sede de amigos. Tenho amores que não podem voar comigo nas minhas viagens. Minha esposa, filha, pais, amigos, cachorros, plantas, tartarugas e ornitorrincos”.
Por enquanto, os planos são de gravar um DVD ao vivo repassando todas as fases do Jammil e tocando todos os sucessos da banda. Porém, ainda não há data para realizar o fato. Enquanto isto, diz o músico, haverá “despedidas em gotas”. “Quero me despedir de cabeça erguida, num grande ao vivo. Revivendo 20 anos de história. Poderia me despedir pedindo perdão aos que magoei. Mas prefiro me despedir dizendo obrigado por tudo. Cada show, é um ‘valeu’. Um ‘muito obrigado’. Um ‘adeus’.”
