Quem pensou que a aparente tranquilidade da cantora Maria Gadú chegaria ao ponto de não responder às acusações noticiadas
pelo colunista de famosos, Leo Dias, do jornal O Dia, se enganou. Na quarta-feira (03), o jornalista tornou pública a informação de que a cantora estaria fazendo seguidas ‘farras’ em seu apartamento, no Rio de Janeiro, provocando a ira de seus vizinhos. Em contato com a assessoria da artista, a informação foi negada. No entanto, Gadú fez questão de enviar uma carta assinada diretamente para o colunista. Veja mais desse bafão:
“Querido Leo Dias,
Estou na Europa a trabalho fazendo uma série de shows em Roma, Portugal, Londres, depois sigo para 8 cidades nos EUA. É um momento feliz e produtivo da carreira, mas soube pela coluna que vizinhos da Urca querem fazer abaixo-assinado por conta de ‘barulho’. Fiquei surpresa com a notícia, pois nunca recebi qualquer tipo de notificação oficial e nem fui procurada para tratar desse assunto nem pelo meu síndico.
Sou uma cidadã de bem, pago meus impostos, minhas contas e respeito o próximo, não sou diferente de ninguém, mas ainda me espanto com esse tipo de notícia em que parece ter mais valor aquele que aponta o dedo na direção de alguém do que perguntar ao ‘apontado’ o que sabe ou pensa a respeito do assunto. É unilateral e um tanto desigual se pararmos para pensar que na notícia só há um nome reconhecido, o meu.
Sim, trabalho com música, gosto de receber amigos em minha casa para ouvir e ‘levar’ um som, mas não colocaria meus interesses na frente dos direitos dos outros, dos vizinhos e da comunidade. Quem me conhece sabe como sou simples e acessível, não sou de fazer arruaça, minha música não pede o alto volume para ser ouvida ou assimilada, nem por mim nem por meus amigos ou meus vizinhos.
Prefiro o meio tom e sou discreta no que falo, no que visto, na maneira de ser e agir. Um ser humano ficha limpa. Adoro a Urca e escolhi o bairro por ser lindo e tranquilo, faço coro com aqueles que queiram manter a ordem do lugar, mas não posso concordar com a imagem que tentam aqui me imprimir, de quem promove algazarra ou que seja necessário ter pessoas se dando ao trabalho de promover um abaixo-assinado.
Foi reunindo amigos em varandas, salas de estar, que me descobri mais artista, que escrevi canções, travei parcerias e que conheci outros que fazem música pelo prazer de alegrar a vida alheia, mas tudo na legalidade e dentro dos bons modos.
Quando quero cantar para muitos em alto e bom som, faço meus shows.
Se eu tivesse um bom motivo e oportunidade um dia, seria legal reunir os vizinhos da frente, de cima, de baixo com boa música para nos unirmos em prol de causas mais nobres do que ‘despejo’ dessa cidadã, trabalhadora e honesta que não quer mal a ninguém. Vou reparar mais nesse assunto sonoro, mas assim como quem quer que tenha levantado essa questão, também quero paz e a boa vizinhança”.
