O veterano carioca Roberto Frejat, ex-Barão Vermelho, foi a primeira atração do Festival de verão no palco principal e cumpriu a missão como “esquente de luxo”. Apesar de dono de um extenso catálogo de sucessos clássicos do rock nacional, dedicou boa parte de sua menos de uma hora a cantar canções de outros artistas e, ao perceber a peteca cair, apelou para a antiga banda.
No início do show, Frejat mandou o “medley baiano” com “Divino Maravilhoso”, “Você não entende nada” e “Alegria Alegria”, todas imortalizadas por cantores baianos. Logo depois, desfilou por Tim Maia, Mutantes e até pela própria carreira solo, especializada em baladas e canções pop pouco memoráveis. Entretanto, o pecado de Frejat era o ritmo da apresentação.
Sem ritmo, parando o show a cada final de número, Frejat não atraía muitos aplausos nem reações acaloradas. Tudo começou a mudar quando o cantor e guitarrista claramente percebeu que perdia a parada – o público também era pequeno devido ao início do evento -, decidiu enfiar o pe na porta e apelou para as canções mais agitadas do Barão Vermelho.
Dispensando as transições silenciosas, o show melhorou com a sequencia de “Bete Balanço”, “Mais uma Dose”, “Exagerado” e “Puro Êxtase”. No final, cumprimentou o público com “Pro Dia nascer Feliz”, que fechou shows durante toda a carreira do estacionado Barão, deixando o gostinho de quero mais. Há jogos que são ganhos apenas no finalzinho do segundo tempo.
VEJA IMAGENS DO 1º DIA
Publicada no dia 29 de janeiro de 2014, às 21h11