O histórico de Igor Kannário acendeu o sinal de alerta da Polícia Militar da Bahia, já acostumada a cobrar de empresários, uma estrutura adequada para qualquer apresentação no estado. O comandante da 20ª Companhia Independente de Polícia Militar de Coração de Maria, major Marcos Davi, reforçou o comportamento no domingo (6), quando impediu que o pagodeiro se apresentasse no campo Cajueiro, próximo a Feira de Santana.
Segundo ele, a falta de documentos da prefeitura liberando o espaço para o show foi o real motivo do adiamento. No entanto, ele confessa que há mais atenção quando se trata de Igor Kannário. “Ele tem uma história em minha região. Em Saubara, dia primeiro desse ano, houve disparos de arma de fogo e uma pessoa foi atingida. Já em Santo Amaro foi uma ‘quebradeira’ dentro da casa de shows que ele se apresentou”, conta. Por conta disso, órgãos como o Ministério Público, a Prefeitura e o Corpo de Bombeiros foram procurados. “Achamos de bom senso que não ocorresse o evento. Não temos nada contra ele, mas qualquer outro cantor que ofereça risco teremos mais atenção”, garante.
A reportagem do Bocão News procurou o empresário de Igor Kannário esta manhã (7), Beto Bonfim, mas ele estava com o celular desligado. A sócia dele, Lucy Bonfim, estranhou o discurso do comandante. “Não fizemos show em Saubara. Ultimamente temos tocado muito fora, por isso não entendo esse ‘histórico’ que ele está falando”. A empresária ainda afirma que a falta de documentos foi uma falha do contratante – o qual ela não revela o nome - e que o show foi apenas adiado. Outras bandas também tocariam no evento.
Publicada no dia 7 de julho de 2014, às 09h53
