Presidente da Associação de Blocos de Salvador, Otto Pippolo entrou em contato com o Bocão News para esclarecer a nota “Crise no carnaval de Salvador”, em que Fernando Bulhosa, presidente do Conselho Municipal do Carnaval e da Associação de Blocos de Trios, o acusa de criar polêmica em torno de uma questão muito antiga que é a luta de alguns segmentos de blocos por 30% dos lucros dos camarotes.
Pippolo disse admirar Bulhosa e agradece a ele por ter dado início à discussão do debate do direito de imagem e arena. Sobre as críticas de Bulhosa, ele afirmou: “Nós não somos contra os camarotes. Acho que ele não entendeu bem, mas penso que o camarote deve proporcionar um retorno financeiro a quem faz o espetáculo. Sem os blocos não haveria uma justificativa pra vender ingresso e captar patrocínio”.
O presidente da associação salientou ainda que os blocos que desfilam no Campo Grande, deverão receber os valores dos camarotes do Campo Grande, e não os da Barra. Questionado sobre o valor de 30% dos lucros, ele afirmou que foi sugerido essa porcentagem, mas o juiz é quem vai decidir.
Por fim, Pippolo ressaltou que o objetivo não é aparecer e falou sobre a dificuldade de diálogo apresentada por Fernando Bulhosa em suas declarações ao site Bocão News. “Não sabíamos que Bulhosa representava os camarotes. A comunidade carnavalesca tomou um susto. Se ele quiser dialogar estamos à disposição”.
