Política
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem causado insatisfação com a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional por conta de uma decisão do Palácio do Planalto que proíbe proselitismo religioso nas cadeias do país.
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A resolução de número 34 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), vinculado ao Ministério da Justiça, foi publicada no dia 24 de abril, e tem como objetivo determinar diretrizes e recomendações para a assistência socio-espiritual em presídios. Um dos pontos proíbe algumas práticas como a participação de servidor público como voluntário religioso nesses locais e que os detentos paguem dízimo às igrejas.
No entanto, o trecho que causou polêmica entre os deputados e senadores diz respeito ao proselitismo religioso, que consiste na prática de tentar converter alguém à religião e foi interpretada pela bancada evangélica como uma proibição de atividades religiosas em presídios.
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da frente no Senado, Carlos Viana (Podemos-MG), classificou a decisão como “preconceito religioso” e defendeu as atividades de religiosos em presídios.
“A proposta do governo simboliza um preconceito religioso. É bom lembrar que ninguém é obrigado a se converter, as pessoas participam e tomam as decisões livremente. Esta medida vai inclusive contra a declaração dos direitos humanos que diz que as pessoas são livres para praticar a religião que quiser e mudar de religião e serem respeitados”, disse o parlamentar.
A resolução causa um novo atrito entre o presidente Lula (PT) e os evangélicos. Desde o início do terceiro mandato do petista, lideranças pedem uma maior proximidade com o Palácio do Planalto. Enquanto isso, pastores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro seguem atacando Lula.
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