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Antony enfrenta acusações de quatro diferentes crimes na Inglaterra; saiba quais

DJ Gabi Cavallin e Antony Santos, jogador do Manchester United - Foto: Reprodução Instagram
A DJ, que namorou o jogador entre 2021 e 2023, inclusive, já prestou depoimento  |   Bnews - Divulgação DJ Gabi Cavallin e Antony Santos, jogador do Manchester United - Foto: Reprodução Instagram
Juliana Barbosa

por Juliana Barbosa

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Publicado em 06/09/2023, às 07h45


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Desde a última sexta-feira (1), a polícia de Manchester está investigando as acusações feitas por Gabi Cavallin contra Antony. Na ação apresentada, que totaliza 70 páginas e também foi entregue ao Crown Prosecutor Service, quatro crimes foram mencionados: assédio, agressão, cárcere privado e lesão corporal grave.

Cada um desses delitos possui penas que variam, desde dois anos de prisão e uma multa de 5 mil libras (cerca de R$ 31 mil) no caso de assédio, até 26 anos de reclusão no caso de lesão corporal grave.

A DJ, que manteve um relacionamento com o jogador entre 2021 e 2023, já prestou depoimento por videochamada gravada pelas autoridades, aguardando novos esclarecimentos enquanto está no Brasil. A advogada Vanessa Souza, que representa o caso na Inglaterra, ressalta a agilidade do sistema legal britânico. O Manchester United também foi informado sobre as alegações contra o jogador e medidas legais civis estão sendo consideradas.

"Aqui nós não temos uma Lei Maria da Penha, mas tem um código muito efetivo que foi elaborado pelo CPS, então tem várias medidas extremamente rápidas, tanto que fiz uma representação na quinta-feira e na sexta-feira a Gabriela já foi ouvida mesmo à distância, eu estando aqui em Londres e ela no Brasil. Existem vários crimes autônomos que ele pode responder, não só dentro dos crimes que estão na Lei Maria da Penha no Brasil", explica a advogada.

Segundo o código inglês, lesão corporal grave ocorre quando alguém inflige intencionalmente ou de forma imprudente graves ferimentos físicos a outra pessoa, incluindo fraturas e lesões visíveis. No caso de Gabi, seu dedo, supostamente ferido por Antony ao arremessar uma taça de vidro em sua direção, se encaixa nessa categoria.

"Fiz uma representação formal perante a polícia de Manchester e a o clube também já foi notificado", diz Vanessa: "Serão interpostas ações cíveis e utilizaremos todos os mecanismos previstos no código de domestic abuse (abuso doméstico) inglês".

A DJ detalha o incidente que teria ocorrido em maio de 2023, alegando que Antony a atacou após um surto de ciúmes, resultando na lesão do dedo dela. Ela afirma que Antony a impediu de buscar atendimento médico imediatamente, mantendo-a sob cárcere privado na quadra de futebol dentro de sua casa, que ela descreve como uma 'jaula'. O jogador só a teria libertado após a chegada de seu próprio fisioterapeuta, que a levou ao hospital.

Este é o relato que acompanha a a ação movida pela DJ que acusa o jogador por agressão: "Contudo, em que pese a gravidade das lesões, ANTONY impediu que a vítima fosse imediatamente socorrida em uma unidade hospitalar, tendo continuado a proferir xingamentos e praticar agressões físicas e verbais, mesmo com a vítima gravemente machucada, mantendo-a sob cárcere privado no interior de sua residência, precisamente no interior da quadra de futebol que tem em sua casa, a qual é escura e tem a aparência de uma espécie de jaula", diz o texto da ação.

Antony foi cortado da seleção brasileira de futebol após as denúncias e agora enfrenta as consequências legais na Inglaterra. A DJ e seu advogado aguardam uma resposta do Manchester United em relação às medidas disciplinares a serem tomadas, esperando que sejam tão rigorosas quanto no caso de outro jogador do clube, Mason Greenwood, acusado de crimes semelhantes.

A polícia britânica está investigando as denúncias de Gabi Cavallin contra Antony, conforme confirmado pela instituição, embora não tenha fornecido detalhes adicionais sobre o andamento da investigação.

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Gabi Cavallin conheceu Antony há dois anos e, embora inicialmente tenha acreditado que ele estava solteiro, mais tarde descobriu seu estado civil. Ela relata ter vivido um relacionamento abusivo, onde era monitorada através da câmera do celular, proibida de sair sem supervisão e sujeita a agressões físicas e verbais.

“Ele se descontrolava, virava bicho, depois chorava, pedia perdão, era carinhoso. Eu acreditava na mudança dele”, confessa, quase envergonhada: “Minha mãe me avisava, minhas amigas, mas eu não acreditava que ele fosse capaz de fazer algo mais sério comigo, algo mais grave. Hoje vejo que eu estava errada”.

 Gabi espera que sua denúncia traga justiça e conscientização sobre a importância de abordar relacionamentos abusivos.

Classificação Indicativa: Livre

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