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Após demissões e prejuízo financeiro, CNN Brasil toma decisão importante de olho no mercado; saiba detalhes

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Pertencente ao empresário Rubens Menin, a CNN Brasil é uma licença da marca norte-americana  |   Bnews - Divulgação Divulgação/CNN Brasil

Publicado em 11/12/2022, às 14h49   Cadastrado por Yuri Abreu


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Às vésperas de completar três anos de operações no Brasil, em março de 2023, a CNN - marca norte-americana e que, por aqui, tem a licença pertencente ao empresário Rubens Menin -, tomou uma importante decisão de olho no mercado financeiro.

A deliberação ocorre em um momento qual a empresa realizou uma série de demissões, com a última leva ocorrendo no início deste mês, sem contar o prejuízo superior a R$ 100 milhões apenas neste ano.

Os desligamentos atingiram em cheio grandes nomes do telejornalismo brasileiro como Monalisa Perrone e Sidney Rezende. Além disso, a emissora decidiu fechar a sede no Rio de Janeiro, permanecendo apenas com as unidades de São Paulo e Brasília.

O processo de mudança nos horizontes da empresa está sob a batuta, desde novembro, de João Camargo, executivo com experiência no setor de mídia e trânsito entre CEOs, políticos e membros do judiciário.

De acordo com ele, em entrevista ao colunista Guilherme Ravache, da coluna Splash, do UOL, o plano da CNN é crescer. Mas que, para isso, era preciso colocar ordem na casa e dar fim aos prejuízos.

"As demissões são difíceis, principalmente porque tivemos de cortar pessoas talentosas. Gente brilhante que construiu a CNN", diz Camargo, argumentando que não tinha como postergar os cortes. "Quanto mais demorasse, pior ficaria a saúde do negócio", completou.

A ideia a partir de agora é, segundo ele, além de investir lucros, ampliar o digital e expandir para a TV aberta - espera-se que no segundo semestre do ano que vem - e rádio.

Internamente, segundo Camargo, a empresa já cortou um terço dos seus custos em pouco mais de um mês, segundo o novo presidente. Mais de 120 funcionários foram demitidos. 

Ele admite cortes no jornalismo, mas diz que o objetivo era reduzir o custo administrativo. Os contratos foram reduzidos em 30% ou mais, incluindo o aluguel da sede do canal, na Avenida Paulista.

Outra meta é, ainda conforme o executivo, tornar a gestão mais ágil, com menos chefes. O argumento é o de que a gestão da CNN era inchada, com muitos vice-presidentes e diretores, o que atrasava a tomada de decisões.

Agilidade e expansão

Outro alvo apontado por João Camargo, com relação a empresa, é aumentar a agilidade do negócio. "Era uma loucura. Havia sete vice-presidentes e 34 diretores. Estrutura de Rede Globo. Muito grande para nosso tamanho. Quando um queria fazer algo tinha de alinhar com os outros presidentes e diretores que pediam para as secretárias agendarem e nada acontecia em menos de seis meses", contou.

Passa por essa nova estratégia observar novas oportunidades no mercado e expandir o negócio, com até mesmo a compra de outras empresas de mídia, a exemplo de TVs, rádios e sites.

"A galinha dos ovos de ouro estava secando, temos de deixá-la saudável. Precisamos arrumar a casa para conseguir expandir o negócio. Vamos reinvestir na própria CNN todo o lucro até 2027. Rubens e eu também estamos comprometidos a fazer novos investimentos para expandir o grupo. A partir de abril, estaremos estudando o mercado e se surgirem novas oportunidades, podemos comprar outras empresas de mídia", afirmou.

O primeiro passo da estratégia é tornar a CNN multiplataforma, uma antiga promessa do canal. "Vamos investir bastante no digital. Já somos muito fortes no YouTube, fomos o primeiro canal de notícias a estrear no Amazon Prime, e estamos negociando com diversos fabricantes de eletroeletrônicos para estarmos embarcados nas TVs e demais dispositivos. Também estaremos em 4 plataformas de TV pela internet (...) Queremos criar um grande conglomerado de mídia".

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