Após polêmica, grife de luxo se manifesta sobre anúncios com crianças e teor sadomasoquista

A grife espanhola Balenciaga foi duramente criticada e acusada de apologia ao abuso infantil após lançar uma campanha que traz crianças abraçadas a ursinhos de pelúcia com apetrechos associados ao universo BDSM (prática sexual que envolve bondage, disciplina, dominação e submissão, sadismo e masoquismo) e semblante machucado.

A grife de luxo, considerada uma das marcas mais valiosas na moda, cujo produtos de luxo são queridinhos de celebridades e influenciadores, retirou as imagens de circulação e informou que vai "tomar medidas" em relação à campanha.

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Uma das fotos mostrava uma bolsa em cima de alguns documentos. Quando as pessoas ampliaram o texto, revelaram que os papéis eram de uma decisão da Suprema Corte dos EUA relacionada a imagens indecentes de crianças.

Balenciaga começou a postar as imagens em suas redes sociais em 16 de novembro. Eles começaram a se tornar virais, especialmente nos Estados Unidos, entre os usuários que se opõem ao que consideraram ser uma sexualização de crianças.

Depois disso, alguns canais de televisão de direita dos EUA publicaram a história e acusaram a grife de "endossar a pornografia infantil".

A Balenciaga postou um pedido de desculpas a seus 14 milhões de seguidores no Instagram e disse que suas bolsas de pelúcia "não deveriam ter sido fotografadas com crianças".

O fotógrafo Gabriele Galimberti — que tirou as fotos da campanha com as sacolas de pelúcia — também divulgou um comunicado, dizendo que a ideia era imitar sua série Toy Stories, que tinha fotos de crianças ao redor do mundo posando com suas coisas favoritas.

Ele disse aos seguidores que não tinha controle sobre os modelos ou produtos usados ​​nas fotos da Balenciaga e destacou que não eram explícitos.

A Balenciaga informou também que está "tomando medidas legais" contra as pessoas que contratou para produzir as imagens por incluir "itens não aprovados".