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Ator da Globo revela arrependimento em ter feito papel de uma travesti na TV; saiba o motivo

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O ator comentou sobre os desafios que enfrentou ao interpretar o papel  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ TV Globo

Publicado em 18/08/2022, às 16h40   Redação Bnews


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Apesar do sucesso em sua estreia na Globo com a personagem Elis Miranda, na novela ‘A Força do Querer’, em 2017, Silvero Pereira revelou que se arrependeu de ter aceitado o papel. Em entrevista ao podcast ‘Papo de Novela’, do Gshow, o ator afirmou que refletiu sobre a visibilidade trans na TV.

“Hoje eu não faria a Elis Miranda, muito provavelmente. Porque eu também me reeduquei sobre essa história, e a gente precisa estar de acordo com as lutas e as causas. Depois de ‘A Força do Querer’, eu não aceitei mais nenhum personagem trans/travesti, e inclusive deixei de fazer meus espetáculos por causa disso”, disse o ator flagrado recentemente em clima quente com um affair.

“Eu fui entendendo, sendo informado e compreendendo essa questão dentro do mercado. Se a gente aceita, a gente está impedindo o mercado de ir em busca dessas pessoas. (…) Hoje, nós não vivemos num mercado em que exista proporcionalidade. Se nós existíssemos dentro de um mercado de proporcionalidade onde as pessoas têm acesso ao estudo e à formação, aí sim a gente estaria em uma outra discussão”, completou ele.

O artista, que gerou polêmica ao rebater um discurso de Elba Ramalho, ainda condenou a postura de alguns diretores em só convidá-lo para interpretar personagens gays. “Não é porque eu sou um ator assumidamente LGBT e porque estou claramente LGBT nas minhas redes e em todo lugar que eu vou, que eu não sou capaz de fazer um personagem hétero, que fuja da minha sexualidade. Espero que o mercado seja um pouco mais inteligente nesse aspecto, que o mercado passe a fazer convites para mim que não sejam só para defender minha causa”, falou.

“Eu já recusei trabalhos porque tinham falas transfóbicas que nem eram da minha personagem. Eu falei: ‘Caramba, mas e essa fala?’. ‘Ah, mas nem é seu personagem que fala’. ‘Amigo, não tem nada a ver com isso! Não é sobre meu personagem, é sobre seu projeto ser transfóbico. E eu não posso estar dentro de um projeto transfóbico. Isso fere o meu desejo enquanto pessoa, enquanto comunidade, enquanto sociedade'”, concluiu.

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