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Bruna surfistinha abre o jogo sobre a carreira e programa com famosos: “Sou put@ raiz'

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Bruna Surfistinha foi uma das primeiras garotas de programa que mostraram a rotina da prostituição no Brasil  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram @flaviastaut
Juliana Barbosa

por Juliana Barbosa

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Publicado em 13/11/2023, às 07h56


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No mês de outubro deste ano, Raquel Pacheco, mais conhecida nacionalmente como Bruna Surfistinha, comemorou seus 39 anos. A ex-garota de programa, pioneira em compartilhar a realidade da prostituição no Brasil, agora vive uma nova fase como mãe das gêmeas Maria e Elis, de dois anos. Raquel abriu o jogo sobre sua carreira, que se tornou ainda mais conhecida após o lançamento do filme "Bruna Surfistinha" (2011), estrelado por Deborah Secco. A relação entre as duas é marcada por certa amizade e gratidão mútua. As informações são do portal Splash, UOL.

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Além de retomar sua carreira como DJ, Raquel está envolvida em projetos de podcast, apresentação de stand-up e administração de uma loja virtual de produtos eróticos. Ela revela a habilidade de conciliar a maternidade com suas múltiplas atividades profissionais.

Ao relembrar os desafios enfrentados na época em que era garota de programa, Raquel compartilhou momentos de assustadores, incluindo uma situação em que foi agredida por um cliente: “Certa vez, um cliente estava misturando drogas com bebida no flat. Ele ficou muito alterado, e não me deixou ir embora quando o programa estava terminando. Também não queria pagar a mais para eu continuar (...) ele me puxou para a cama, foi praticamente uma agressão. Mesmo nervosa e com medo, decidi fingir que estava tudo bem. Fiz com que ele se acalmasse e pegasse no sono. Só depois disso consegui fugir", seguiu.

“Saí com outros clientes grosseiros. Mas eles praticavam agressores verbais, não físicas”.

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A ex-prostituta também discutiu golpes financeiros, destacando a vez em que um cliente emitiu um cheque sem fundo, resultando em uma significativa perda financeira: "Uma vez, voltou o cheque de uma pernoite no motel. Eu tinha cobrado R$ 800, era bastante na época. Uma perda grande quando descobri que o cheque não tinha fundo, jamais consegui recuperar. Um grande prejuízo".

O Furto

"Antes de eu trabalhar usando conta bancária, juntava dinheiro em um armário individual disponível em uma casa de entretenimento adulto. Juntei um 'bolinho' de dinheiro por duas semanas, e ele simplesmente sumiu. Precisei recomeçar do zero na época".

“Cliente da rapidinha’

"Ele chegava sempre agarrado em um saco de pão. Morava no mesmo bairro que a gente e dizia para a esposa que iria na padaria comprar um pão. Ele era super rápido com as meninas, nem tirava a roupa. Demorava 15 minutos no máximo, e voltava para casa com o pão".

Famosos

"Não tive tantos devido à exposição. Isso afastou muitos homens, eles tinham medo. Era mais comum sair com jogadores de futebol. Nunca rolou com políticos. Aconteceu com um ator, mas não era um dos mais conhecidos. [...] Certa vez, um jogador de futebol do Palmeiras ficou incomodado porque não o reconheci".

Raquel Pacheco deixou a prostituição em 2005. Ela comunicou a decisão na última página do livro "O Doce Veneno do Escorpião — O Diário de uma Garota de Programa", obra que conta sua história.

Ao abordar a visão atual sobre a prostituição, Raquel reconhece a evolução do setor com o advento do conteúdo digital, especialmente durante a pandemia. "O conteúdo digital ajudou muitas garotas de programa durante a pandemia. Como tenho participado de muitos eventos com acompanhantes, falamos sobre o tema. Algumas meninas divulgam o trabalho de acompanhante, mas preferem ganhar dinheiro com as plataformas de conteúdo adulto", avaliou.

Quando questionada sobre plataformas como o OnlyFans, Raquel revela uma postura mais tradicional, destacando que não se adaptaria a essas novas formas de exposição digital.

 "Eu não conseguiria me adaptar. Hoje em dia é muito mais comum a exposição da imagem, eu não sei se eu gostaria. Também nunca fui muito disciplinada com as novas ferramentas", comentou.

"Estou sempre dizendo que sou puta raiz. Sou da época que a internet era mato, não tinha tecnologia."

Contudo, ela reconhece que a tecnologia trouxe avanços práticos para o trabalho das prostitutas: "Muitos cheques que recebi voltaram. [...] Hoje, os clientes não se preocupam com a forma de pagamento. O Pix cai na hora".

Classificação Indicativa: Livre

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