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Deborah Secco: "Quando nasce um filho a gente desiste da gente"

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Mãe de Maria Flor, de 7 anos, Deborah conta o que vive de melhor e pior na maternidade  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram @dedesecco
Juliana Barbosa

por Juliana Barbosa

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Publicado em 12/09/2023, às 09h20


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Aos 43 anos, a atriz Deborah Secco, cuja carreira e vida pessoal têm estado sob os holofotes, recentemente concedeu uma entrevista reveladora ao portal O Globo, nesta terça-feira (12). Prestes a estrear na novela "Elas por elas" da TV Globo e no ar na segunda temporada da série "Rensga hits" no Globoplay, compartilhou sua história de infância incomum. Ela foi criada com uma visão marcada pela certeza da morte, o que a levou a valorizar o presente e a urgência de encontrar a felicidade no agora:

“Fui criada pela minha mãe com a certeza da morte. Fui uma criança com muitas questões de saúde. Desmaiava, fiquei doente a infância inteira. Minha mãe me criou com a certeza do fim, do “a gente precisa ser feliz agora”. Muitas coisas na minha maternidade são pautadas por isso. Quando dizem, “criança não pode pintar o cabelo...". Meu amor, não sei se ela vai estar viva amanhã. Se isso vai fazê-la feliz hoje e não fará mal a ninguém, pode. O certo e errado, pra mim, tem outro peso. Sempre vivi achando que o fim pudesse ser amanhã, é tudo urgente.”

A maternidade, para Deborah, é uma experiência complexa, que ela descreve como seu "céu e inferno". Ela fala sobre a sensação de desistência de si mesma após o nascimento de sua filha Maria Flor, fruto de sua relação com Hugo Moura, explicando como a chegada de um filho pode levar uma mãe a abandonar parte de sua identidade anterior.

“Maria Flor é o maior amor que já senti, maior do que o que tenho por mim mesma. É um desprendimento por alguém. Mas a dor dessa desistência ela é latente. Quando nasce um filho a gente desiste da gente. Desisti absolutamente de mim por dois, três anos. Depois, flerto uma volta com a Deborah que um dia existiu, mas nem sei se conheço ela tão bem, se tem espaço para ela nessa dinâmica de vida. Sou intensa, largaria mundo e recriaria mundos para ser feliz. Mas hoje não. Não posso abandonar esse mundo, que tem valor inestimável para mim. Então, é uma dor de abandono, de um fim. Aquela pessoa que eu era antes da Maria chegou ao fim.”

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A atriz também discute os desafios da maternidade, incluindo a dificuldade de se envolver em atividades infantis, como brincar com crianças em festinhas: “Amo botar para dormir, dar banho, conversar. Odeio brincar. Com todas as minhas forças. Adoro ir ao cinema, jantar junto. Meu inferno é ir para festinha com um monte de crianças e mães. Maria Flor me coloca em contato com meus maiores defeitos e com as minhas melhores qualidades, joga na minha cara tudo que preciso olhar em mim. Minha personalidade forte, meu jeito que tudo tem que ser do meu jeito. Ela é igual. Se algo não sai como não planejou, fica irritada. É meu espelho. Mas é grandioso, porque me revisito e tento melhorar diariamente.”

Classificação Indicativa: Livre

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