Denúncia

Após denúncia de não pagamento de ex-funcionárias, empresária Cynthia Tirzah se defende e culpa ex-marido

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Empresária alega que já há boletins de ocorrência registrados por estelionato, agressão e tentativa de homicídio  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 21/11/2018, às 14h54   Rafael Albuquerque


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Nesta quarta-feira (21) o BNews publicou uma denúncia contra a empresária Cynthia Tirzah feita por ex-funcionárias de lojas do grupo que administra. A denúncia dá conta de que diversas ex-funcionárias não receberam salários atrasados e não tiveram sequer uma satisfação da loja. A reportagem procurou Cynthia por meio de seu advogado, Alan Sanches. Ao BNews o advogado afirmou: “todos os funcionários que têm direito de receber qualquer verba estão sendo pagos. Só não são pagos os que não vêm”.
Na manhã desta quinta a empresária procurou o BNews para dar sua versão dos fatos. Confirmou que existe, sim, salários atrasados, mas "não desde agosto". E justificou que os débitos com funcionários e fornecedores são devidos a um "golpe" aplicado pelo primo e ex-marido Rafael da Silva Pereira: "ele adquiriu as sete empresas (Salvador Shopping, Salvador Norte Shopping, Bela Vista, Piedade [pisos l2, l3 e l4] e Itaigara) de forma ilegal, porque estava no nome de minha família. Ele fez com que meus pais e minha filha assinassem dizendo que era algo da Secretaria da Fazenda. Isso está registrado como estelionato na 16ª Delegacia da Pituba".
De acordo com Cynthia, quando Rafael passou as lojas para o próprio nome eles estavam separados. Havia o acordo de cada um ficar com cinco lojas. E, por isso, a empresária teria continuado à frente da administração das unidades. A empresária alega que o ex-marido limpou as contas das lojas, não pagou aos fornecedores, aluguéis aos shoppings, salários e, consequentemente, deixou várias dívidas em nome dela. Diante do imbróglio, Tirzah reconhece as dívidas e afirma ao BNews que vai quitar tudo: "penso em resolver. Infelizmente antes tem que quitar os gastos dos shoppings mais caros, gerir e fazer negociação com o pessoal. Eu nunca disse que não vou pagar e que não tenho vontade. Só que nesse momento eu não posso. Eu estou lutando para que isso aconteça. Não vou ficar devendo nada".
Ao BNews, a empresária fez graves denúncias que vão de agressão a tentativa de homicídio: "ele teve casos extraconjugais dentro da loja, inclusive eu apanhei por causa de uma funcionária. Ele responde a Lei Maria da Penha. Me machucou muito por causa de um caso que ele teve com uma funcionária. Ele ficou com a gerente da loja do Salvador Shopping. Também responde a Lei Maria da Penha. Tivemos uma audiência no fórum do Imbuí no dia 5 de setembro. O caso foi registrado como tentativa de homicídio na 9ª delegacia". A empresária também relata que um carro em seu nome ficou com o ex-marido, e as mais de 15 parcelas em atraso fazem a soma das dívidas virar uma bola de neve e dificultar o pagamento das ex-funcionárias.
A empresária diz que já chegou a faturar por dia mais de 80 mil reais, mas que hoje o faturamento diário "é de 6, 7 mil reais", e que não tem condições de arcar com suas dívidas até que a Justiça resolva o impasse com o ex-marido, já que o divórcio ainda não saiu. "Para você ter uma ideia, ele deixou nosso filho de quatro anos sem pensão e sem plano de saúde". A reportagem tentou contato com Rafael da Silva Pereira por celular, mas não obteve sucesso.

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