Denúncia

Ex-funcionárias da loja de roupas Cynthia Tirzah denunciam falta de pagamento e advogado sugere que “procurem a Justiça”

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Advogado Alan Sanches disse que se houver algum caso, “nada impede que [as ex-funcionárias] procurem a Justiça. É a coisa mais natural”  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 20/11/2018, às 16h58   Rafael Albuquerque


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Diversas ex-funcionárias de lojas da rede Cynthia Tirzah, que tem unidades nos principais shoppings de Salvador e em Aracaju, procuraram o site BNews para denunciar falta de pagamento de direitos trabalhistas durante e após rescisão contratual. Por medo de sofrerem represálias e terem os salários atrasados por mais tempo, as denunciantes preferiram não se identificar. A alegação, comprovada por prints de conversas de Whats App, é de que após humilhação, assédio moral, ameaça de fechamento de lojas e demissão, algumas funcionárias resolveram buscar outro emprego e pediram demissão. Porém os salários de agosto e setembro, que estavam atraso, não teriam sido pagos, assim como algumas rescisões. Algumas das ex-funcionárias alegam que não receberam as regras rescisórias e que até agora não tiveram suporte da loja Cynthia Tirzah. “É coisa de bandido, eles não nos atendem, bloquearam do Whats APP”, disse uma das denunciantes.
Por telefone, a advogada de prenome Ana, que defende os interesses da empresa, mostrou interesse em explicar a situação pessoalmente. Quando questionada se não poderia das explicações por telefone, ela disse: “tenho que pedir autorização da dona da empresa para falar”. Logo após, não retornou e nem atendeu mais as ligações. Outro advogado da empresa entrou em contato com a reportagem.
Questionado sobre a veracidade da denúncia recebida pela reportagem relacionada ao não pagamento de salários atrasados, o advogado Alan Sanches disse que: “alguns funcionários colocam toda e qualquer empresa na Justiça. Os funcionários que têm qualquer verba a receber estão realizando algum acordo”. Questionado, então, se de fato há salários de ex-funcionárias que ainda não foram pagos, em especial os de setembro e outubro, Sanches explicou que todos têm o direito de procurar a Justiça e ressaltou: “todos os funcionários que detêm direito de receber qualquer verba estão sendo pagos. Só não são pagos os que não vêm”.
Apesar de relatar isso, o advogado não soube responder de forma objetiva se há ou não ex-funcionárias na situação relatada na denúncia. E ainda insistiu para saber em detalhes do que se tratava a denúncia, chegando a pedir o nome das denunciantes, que são protegidas pelo sigilo jornalístico: “não existe nada em aberto. Se existe, que nos procure para conversar”. O advogado relatou que tal qual o BNews recebeu a denúncia contra a empresa, há vários casos na empresa de denúncias contra funcionárias, inclusive com “acusação de roubo”. E também destacou: “nosso histórico tem denúncias de problemas das funcionárias com a loja e da loja com as funcionárias”.  Ao final da entrevista, o advogado Alan Sanches voltou a insistir que “nada impede que [as ex-funcionárias] procurem a Justiça. É a coisa mais natural”.

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