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Ex- ator da Globo faz crítica, cita Beyoncé e é detonado na web: “Sexo vende mais que poesia”

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O ex-ator começou com um questionamento do porque das pessoas consumirem mais Beyoncé do que Trace Chapman  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ TV Globo

Publicado em 02/01/2024, às 15h33   Cadastrado por Mariana De Siervi


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O ex-ator da Globo, Pedro Cardoso, resolveu fazer uma crítica à indústria fonográfica em seu Instagram nesta terça-feira (02) e gerou polêmica ao citar Beyoncé.

Na postagem, o ator começou com um questionamento do porquê das pessoas consumirem mais Beyoncé do que Trace Chapman, cantora estadunidense de folk, blues, soul e pop rock, vencedora de quatro prêmios Grammy Awards.

"Bom ano. A mim, mais me toca a arte de Trace Chapman do que a de Beyoncé. Seria gosto… Mas a minha questão aqui é a razão de a Beyoncé ser mais consumida do que Trace. A mesma pergunta eu posso fazer para outros pares de artistas cujas as artes eu admiro mais do que a de outros, igualmente bons artistas, e mais consumidos do que os que prefiro. E desconfio que o maior sucesso comercial das “Beyoncé” frente às “Chapman” se deve aquelas venderem, além de sua arte, também a sua vida pessoal. Cito a própria Tracy, no wikipedia: “Tenho uma vida pública, que é a do meu trabalho; e uma vida pessoal”. Hoje, há mais consumo de biografia espetacularizada de artistas do que de arte.", escreveu. 

O intérprete de Agostinho Carrara reforçou a ideia de que "há mais consumo de biografia espetacularizada de artistas do que de arte", na sua visão. 

"Os jornais noticiam como fatos da cultura os namoros, os negócios, os treinos, os crimes etc e, principalmente, a vida sexual dos ditos “famosos”! Quase nada dizem sobre a arte deles! Mesmo porque, mais das vezes, pouca arte é produzida pelos artistas inventados pela indústria de biografias espetaculares; o que produzem é mesmo mais os escândalos de suas intimidades inventadas", disse. 

O artista voltou a falar das duas cantoras americanas e finaliza o seu texto com mais críticas. 

"Não gosto nem desgosto especialmente de Beyoncé, mas da vida pessoal de Tracy eu nada sei; da de Beyoncé, sem que eu procure, chegam-me mil fofocas. Para fazer o sucesso comercial tal qual o de Beyoncé é preciso um empenho de promoção tão milionário quanto os milhões que se quer ganhar. A arte não se presta ao comércio tanto quanto bem mais se presta a vida sexual dos artistas. Sexo vende-se mais facilmente que poesia. Mas a demanda por fofoca sexual, há. Mas, além de haver, é, e muito, estimulada a ser insaciável. Quem muito vive a vida dos outros, busca distrair-se da sua, eu acho; e me parece natural. Problema para mim é se fazer um comércio ganancioso que não apenas atende a uma demanda psicológica natural mas a super excita artificialmente fabricando contos de fadas sexuais exuberantes de famosos. E nisso, a arte se torna um adorno secundário da vida pessoal dos artistas. A indústria que vende biografias íntimas de artistas é tão rica hoje que ela mesma produz os artistas sem arte que explora. E os artistas autênticos, e suas artes, circulam menos pelo planeta. Sem vender a vida, “Beyoncés” não venderiam tanto", finalizou. 

Pedro Cardoso foi duramente criticado por internautas.  "Pedro, dá tempo de apagar. Porque você está falando de uma das artistas mais reservadas do mundo, com menos polêmicas. E assim, achei de péssimo tom um cara branco, colocar duas mulheres pretas nessa posição comparativa", ressaltou um internauta.

O ator rebateu a crítica do seguidor. "Um cara branco'? Quem é um 'cara branco' aqui? Eu? Não sou branco não, cara. O que é ser branco? É a cor da pele ou a ideologia? Para mim, sobre o que falo, o fenótipo do exemplo, é irrelevante. Poderia ser Marisa Monte e Luiza Sonza ou Rita Lee e Madona. A obsessão sua com a questão tão relevante dos ecos da escravidão no presente é sua; e ela te interdita o pensamento de aspectos da realidade onde ela não é dominante", disse. 

Outros seguidores também não gostaram da postagem de Pedro. "Acertou na crítica a indústria, errou no exemplo", comentou uma internauta. "Texto muito raso para o tema que se propõe", disse um seguidor.  

Classificação Indicativa: Livre

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