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Atriz da Globo relembra assédio que sofreu dentro de ônibus: "me senti invadida"

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Vitoria Strada ainda contou como define sua relação com a também atriz Marcella Rica   |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram

Publicado em 01/11/2020, às 10h26   Redação BNews


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Vivendo um relacionamento homoafetivo com Marcella Rica, a atriz da Globo, Vitória Strada, não tem somente o preconceito como seu principal trauma. Em entrevista à colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, a intérprete da personagem Kyra, na novela "Salve-se Quem Puder", relembrou um episódio em que sofreu assédio de um homem dentro de um ônibus.

"É triste. Uma vez um homem tocou em mim dentro de um ônibus. Me senti invadida. Sabia que eu não havia feito nada, mas mesmo assim me senti mal em contar para o meu pai, por exemplo", iniciou. "Saí chorando de dentro do ônibus e com medo de ser perseguida pelo homem. Foi uma experiência muito ruim que eu não desejo para ninguém. Com a maturidade, hoje, eu consigo perceber pequenos abusos e assédios sofridos e que na época me deixaram com um sentimento estranho mas que eu não sabia identificar."

A atriz ainda pontuou outras situações desagradáveis envolvendo assédio e reforçou a luta contra o machismo. "São situações que marcam uma mulher, e é triste ver que acontece ainda nos dias de hoje, em que as vítimas se sentem acuadas com situações de poder que as impedem de fazer alguma coisa. Somos assediadas, nos sentimos mal e ainda não podemos falar nada, pois somente nós contabilizamos os prejuízos. [...] A sociedade machista não ensina que um homem não deve tratar a mulher como objeto ou como algo público, que pode falar e fazer o que quiser. E é justamente essa a nossa luta. Para que essas situações não aconteçam mais", disse.

Questionada sobre sua relação atual, com Marcella Rica, que conheceu nas gravações da novela "Espelho da Vida", e como define sua orientação sexual, Vitoria afirmou que é sua primeira experiência, e que decidiu viver sem preconceito. "A  Marcella é meu primeiro relacionamento com outra mulher. Foi uma surpresa, mas que veio pra me fazer feliz. Eu só tinha me apaixonado por homens, e então me apaixonei por ela. Quando percebi, me permiti viver o que estava sentindo sem preconceitos comigo mesma".

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