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Filhos reaproximam Emílio Dantas de seu pai, com quem rompeu por causa de política

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Em 2022, os filhos gêmeos de Emílio Dantas, Roque e Raul nasceram  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 28/01/2023, às 11h35   Ana Cora Lima/Folhapress


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Emílio Dantas, 40, muda até o tom da voz quando fala dos gêmeos Roque e Raul, de um ano de idade, frutos de seu relacionamento de quase oito anos com a atriz Fabiula Nascimento. "Eles me trouxeram leveza. Me sinto bem mais calmo, o nível de ansiedade diminuiu. Meus filhos me fizeram sair de uma quase depressão em que perdi 12 quilos por conta da pandemia e também desse governo", diz.


Foi "este governo", aliás, que fez com que Emílio e o pai, também Emílio, cortassem relações. "Fiquei os últimos quatro anos [tempo em que o país esteve a gestão de Jair Bolsonaro] sem falar direito com o meu pai. A política nos afastou. Sofri quatro anos porque sempre tive muita gratidão por ele e nós perdemos afinidades, um elo importante e construído por memórias afetivas, que tenho muitas ao lado dele".


Mais uma vez, Roque e Raul interferem positivamente na história de vida de Emílio. "Por conta dos garotos, a gente voltou a conversar sobre vários assuntos e temas. Menos política. Ele evita e não quer falar, mas viver é um ato político. Tenho procurado respeitar e esperar o tempo dele", afirma.
Emílio, que nos últimos anos vinha participando de séries como "Todas as Mulheres do Mundo", "Amor Sorte" e "Sob Pressão", ri das comparações entre Theo, o empresário que interpreta em "Vai na Fé", e Rubinho, de "A Força do Querer". Dois personagens que ele mesmo chama de "canalhas". "Eles são, né? O Rubinho era um cara não tão carismático, mais introspectivo e ambicioso. Acho o Theo mais perigoso [risos]", opina.


Ele também falou sobre o protagonismo dos negros nas novelas. "Acho que demorou, mas é uma conquista, uma vitória", explica. O ator admite que se arrependeu de protagonizar "Segundo Sol", em 2018, justamente por causa do elenco quase exclusivamente branco numa trama que se passa na Bahia.


"Foi muito errado eu ter feito o Beto Falcão. Não por conta do autor [João Emanuel Carneiro], ou pela empresa [Globo]. É que não condiz com a realidade. A Bahia tem 95% de pretos, e quem deveria ter contando essa história era um preto. Acordei para isso muito tarde."

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