Jogador abriu processo contra companheira na reta final da gestação sem que ela soubesse

O jogador Éder Militão deu entrada em um processo contra a sua companheira, Karoline Lima, quando eles ainda se relacionavam, sem que ela soubesse. Na ação, protocolada 10 dias antes do nascimento de Cecília, filha do casal, o atleta pede R$ 45 mil de indenização por danos morais, alegando que a modelo incentivou terceiros a terem discurso de ódio contra ele.

Tudo começou quando Karoline estava na reta final da gestação, em junho, e Miltão de férias do Real Madrid. A modelo, triste com a situação, disse em suas redes que que era possível encontrar o jogador "nas melhores baladas de Miami (EUA)".

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O zagueiro, que também passou pelo Brasil antes de voltar para a Espanha, chegou em Marid no dia 29 de junho e no dia seguinte se acertaram. Esse também foi o dia em que a equipe de advogados do atleta protocolou o processo sem que Karoline soubesse. No dia 1º ela postou vídeo afirmando que eles estavam novamente juntos, mas o término não demorou a chegar e ocorreu no dia 6, quatro dias antes do nascimento da menina, em 10 de julho.

Segundo a revista Quem, o jogador teria também tentado impedir a ex de publicar comentários sobre ele na internet mas a juíza Eliana Adorno de Toledo Tavares negou o pedido, porque a defesa do jogador não anexou nenhuma postagem feita pela mãe de Cecília no processo. Miltão alega que Karoline estaria incitando seguidores a promoverem uma perseguição, que prejudicaria a sua imagem na rede.

A versão da ex, é de que ela própria evita citar o nome do jogador desde o parto, por uma decisão tomada antes de mesmo de saber do processo contra ela, que, inclusive, ela soube por meio da imprensa. A defesa da modelo foi apresentada em 13 de setembro.

"[Militão] vem sofrendo abusos e constantes agressões à sua personalidade nas redes sociais, maiormente por meio do aplicativo Instagram. Tais importunações estão ocorrendo de forma constante e inesperada por meio de [Karol], que utiliza sua conta pessoal, através de seu perfil e comentários que são direcionadas diretamente à pessoa de [Militão] na rede social citada, expondo publicações, vídeos, stories no intuito único de desgastar a imagem de [Militão], acompanhado de um discurso dotado de teor pejorativo”, disse Newton Ferreira, advogado do atleta.

Ainda segundo o defensor, o zagueiro, declara que foram anexados prints de notícias no Google, reportagens consideradas depreciativas à sua imagem, além de pedir para o processo tramitar em segredo de Justiça, o que foi negado.

A revista Quem teria tido acesso ao documento de contestação apresentado pela defesa da modelo, com 37 páginas e 166 itens. Segundo a advogada Gabriella Garcia, Militão acusa a ex-namorada, sem provas, de ter cometido abusos contra ele na internet, enquanto Karoline "tem provas robustas dos abusos sofridos. Destaca-se que este processo pode ser considerado mais um".

A defesa da modelo apresentou prints de uma conversa entre ela e o jogador, na qual ele diz que quer ser pai e, após isso, ela retira o DIU (método contraceptivo) para tentar engravidar. A advogada afirma que a Karoline já vinha sofrendo ataques nas redes sociais por supostamente estar com zagueiro por interesse, além de comentários racistas.

“Por diversas vezes, Karol foi rotulada como interesseira, quando, na verdade, a influenciadora já tinha uma carreira consolidada no Brasil. Mesmo se sentindo traída, com as acusações graves feitas pelo Eder, Karol não revidou com exposição e busca, através da Justiça, comprovar que a ação movida por seu ex-companheiro é um verdadeiro abuso", diz o texto da defesa, que evidencia que antes do namoro, a modelo já tinha um milhão de seguidores no Instagram e já possuía independência financeira.

Uma audiência de conciliação foi marcada para fevereiro de 2023, mas a advogada da modelo quer que seja cancelada. A defesa quer que Militão pague multa à modelo e que as partes prestem depoimento para comprovar a versão da influencer.

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