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Justiça manda soltar empresário de Alexandre Pires; saiba detalhes

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Matheus Possebon, empresário de Alexandre Pires, havia sido preso durante investigação sobre garimpo ilegal  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 09/12/2023, às 10h42   Cadastrado por Victória Valentina


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O empresário do cantor Alexandre Pires, acusado de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, teve o habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) na sexta-feira (8). Matheus Possebon havia sido preso preventivamente pela Polícia Federal na última terça-feira (5).

Segundo a desembargadora Maria do Carmo Cardoso, responsável por conceder a liberdade, há “diversas situações fáticas que ainda merecem esclarecimentos” acerca da investigação.

A defesa de Matheus declarou que “felizmente o erro foi corrigido”. Agora, para seguir em liberdade, o empresário deverá respeitar algumas exigências da Justiça.

Possebon precisará comparecer periodicamente em juízo para informar e justificar suas atividades, estar presente em todos os atos do processo, evitar a obstrução do andamento das investigações e comunicar qualquer alteração de endereço.

Operação Disco de Ouro

Matheus Possebon, além de outros empresários e garimpeiros, estão sendo investigados pela movimentação de R$ 250 milhões em transações com cassiterita, um minério utilizado na produção de tintas, plásticos e fugicidam, extraído ilegalmente da Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Ele foi preso na terça-feira (5), em Santos, no litoral de São Paulo, após desembarcar do cruzeiro temático de Alexandre Pires. O cantor, inclusive, teria recebido ao menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada.

De acordo com informações do portal Metrópoles, as equipes executaram dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão, emitidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, abrangendo Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC).

Essa operação é um desdobramento de uma ação anterior da Polícia Federal, iniciada em janeiro de 2022, na qual 30 toneladas de cassiterita, provenientes da Terra Indígena Yanomami, foram descobertas nas instalações de uma empresa sob investigação, sendo preparadas para exportação.

O inquérito policial revela que o esquema tinha como objetivo a "lavagem" de cassiterita retirada ilegalmente da Terra Yanomami. O minério seria falsamente declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba (PA), sendo supostamente transportado para Roraima para ser processado.

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