Motorista que atropelou Kayky Brito não conseguiria evitar acidente, aponta perícia

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu que o motorista por aplicativo Diones Coelho, que atropelou o ator Kayky Brito, não conseguiria evitar o acidente.

Os peritos analisaram as imagens do momento do atropelamento e consideraram a distância que o ator estava do carro, além da velocidade do veículo – uma média de 48 km/h, abaixo da máxima de 70 km/h permitida na via.

O laudo de perícia é do Instituto Criminalista Carlos Éboli (ICCE), que atestou que, no momento em que Kayky Brito começou a atravessar a rua, o motorista estava a menos de 10 metros e 0,73 segundos do ator. Para ter tempo hábil de reação e tentar evitar o atropelamento, a distância entre condutor e pedestre deveria ser de mais de 26 metros, já que o motorista estava a uma velocidade média de 48km/h.

O acidente aconteceu no início deste mês, na orla da Barra da Tijuca. A perícia foi fundamental para a conclusão do inquérito da 16ª DP (Barra da Tijuca). O delegado titular da unidade, Ângelo Lages, representou pelo arquivamento da investigação e não indicou Diógenes pelo atropelamento.

A conclusão do caso foi de que as condutas de Kayky, que atravessou fora da faixa e em momento de grande fluxo de veículos, deram causa ao acidente.

"Os peritos foram questionados se era possível determinar se o condutor poderia de alguma forma evitar o atropelamento, em resposta, os peritos afirmaram que a distância que o veículo se encontrava do pedestre no instante em que este inicia a travessia, mesmo com velocidade abaixo da máxima permitida de 70km/h, era insuficiente para que o condutor percebesse, reagisse e parasse o veículo a fim de não haver impacto entre os dois", afirmou Lages em seu relatório.

Ainda conforme o relatório policial, houve intervalos de 16 segundos e até 37 segundos sem a passagem de veículos na avenida, condições que seriam melhores para a travessia. Contudo, o ator escolheu o momento com maior fluxo de carros passando pela via para poder atravessar.