Sem 30% do pulmão após câncer, mulher faz Caminho de Santiago 4 vezes; saiba detalhes

Fã de esportes e atividade física, Cláudia Lopes teve que repousar durante um tempo após descobrir um tumor. Com 57 anos, ela sempre cuidou de sua saúde e possuía uma alimentação equilibrada. Porém,  sua vida de atleta teve que dar uma parada após ela descobrir uma doença grave.

Mãe solo de dois filhos, ela passou por muitos estresses após se divorciar. No entanto, em 2014, quinze dias após completar uma corrida de 10km, sentiu dores abdominais. Em uma ida ao médico, Cláudia descobriu uma lesão no intestino confirmada depois como um tumor benigno, que causava semiobstrução intestinal.

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Ao Splash, ela contou que o exame também captou a base do pulmão, onde mostrava uma lesão suspeita. No final das contas foi descoberto que se tratava de um câncer de pulmão. 'Eu sempre falo que Deus me mandou um tumor benigno para que eu encontrasse o maligno", disse.

O problema em seu intestino se desfez em cirurgia. Porém, ela também teve que tirar 30% do pulmão direito para extrair o nódulo do câncer. Além disso, um linfonodo comprometido fez com que ela fizesse quatro sessões de quimioterapia.

Imparável

Mesmo após ter tirado essa grande parte de seu pulmão, ela chegou a completar uma corrida de 10 km um ano depois do procedimento. "Foi super emocionante, porque eu não esperava concluir tão bem a prova. Não estava bem condicionada, mas não tive problema de respiração", lembra. Em 2018, ela teve uma recidiva do câncer de pulmão em estágio 4, considerado avançado e sem possibilidade de cirurgia. 

Em 2019, ela percorreu 240m em dez dias. No final daquele ainda, ela ainda participou da competição de 'São Silvestre'. Já em 2021, ela fez o trajeto mais longo, de 800 km em 33 dias de caminhada, mesmo estando com um de seus pés fraturados. 

Seis meses depois, ela avançou para mais uma caminhada, de 129 km. E, há menos de um mês, ela concluiu o quarto caminho, de 310 km. "O nível de dureza é maior, são subidas intermináveis. Forçou mais a parte pulmonar, mas foi fantástico, contou ela.