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No Afropunk, cantora famosa revela ter sido vítima de abuso sexual: “queria me criar para ser esposa dele”

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A cantora aproveitou para pedir um minuto de silêncio pelas vítimas de abusos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Instagram @oafropunkbrasil

Publicado em 11/11/2024, às 07h20   Cadastrado por Franciely Gomes



Ebony surpreendeu os fãs durante sua apresentação no festival Afropunk Brasil, em Salvador, neste domingo (10). A cantora revelou que foi vitima de abuso sexual na infância e pediu um minuto de silêncio para todas as vítimas que passaram pela mesma situação.

“Sou adotada por uma família branca, e fui atrás da minha família recentemente e encontrei ele. Tenho cinco irmãos, descobri isso, e também descobri no meio dessa jornada doida que está sendo pra mim, uma coisa muito triste. Que é o fato de eu ter sido fruto de um abuso sexual”, disse ela.

“Isso me pegou muito porque nunca falei isso antes, mas também fui vítima de abuso sexual desde a infância até a adolescência. Um tio que queria me criar para ser esposa dele. Juro. Sei que isso é muito pesado e é mesmo. Nos afeta de formas que ninguém nunca vai entender”, contou.

“Fez com que me sentisse sozinha, isolada. Fez com que sentisse que ninguém nunca ia me entender e dentro dessa ideia, de que ninguém nunca entenderia o quão difícil foi pra mim, alguns meses atrás tive uma postura horrível que invalidou completamente a experiência e vivência de outras mulheres pretas que tem o mesmo sonho que eu”, completou.

A artista ainda confessou que a cantora Duquesa foi essencial em seu processo de cura. “Esses dias estava conversando com a Duquesa, te amo Duquesa, e ela disse que uma dessas meninas era baiana e ela veio a falecer em uma roda de rima. Ela se chama Dela Rua e queria usar essa oportunidade para pedir um momento de silêncio não só por ela, mas por todas a pessoas que são vítimas de abuso”, disparou.

“As pessoas querem tirar da gente o direito de errar, de falhar, e de ser humana e não vou permitir que façam isso comigo. Precisamos sim sermos vilãs, mas com as pessoas certas. E estou melhorando e vou continuar para ser a melhor versão de mim. Serei vilã só com algumas pessoas, como a minha tia Marta que disse que eu não passaria dos 15 e agora tenho 24 e estou no Afropunk”, concluiu. 

Classificação Indicativa: Livre

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