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Polícia abre inquérito para investigar mensagem de mãe para Larissa Manoela por intolerância religiosa; saiba detalhes

Silvana Taques, mãe de Larissa Manoela — - @Domingo_Legal/Twitter/Reprodução
Notícia-crime foi feita pela Comissão de Combate a Intolerância Religiosa  |   Bnews - Divulgação Silvana Taques, mãe de Larissa Manoela — - @Domingo_Legal/Twitter/Reprodução
Juliana Barbosa

por Juliana Barbosa

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Publicado em 23/08/2023, às 11h48


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A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) instaurou um inquérito nesta terça-feira (22) para apurar uma possível infração cometida pela pedagoga Silvana Taques Elias dos Santos, de 51 anos, que enviou uma mensagem à filha, a atriz Larissa Manoela.  As informações são do g1.

Na mensagem, Silvana fez uso do termo "macumbeira" ao se referir à família do noivo da atriz, André Luiz Frambach, que é praticante da doutrina espírita kardecista. O termo em questão é considerado pejorativo e carrega conotações discriminatórias em relação às religiões de matriz africana.

A Comissão de Combate a Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro alega que a conduta em questão configura uma forma contemporânea de racismo, visando salvaguardar os direitos fundamentais da personalidade, como a dignidade humana. O órgão argumenta que tais comportamentos abusivos, impulsionados por motivações inadequadas, podem disseminar o ódio público baseado na religião, caracterizando o crime de racismo.

"Esqueci de te desejar... que você tenha um ótimo natal aí com todos os guias dessa família macumbeira. kkkkkk", escreveu Silvana, em mensagem enviada à filha no Natal de 2022, pelo Whatsapp.

Embora o caso tenha origem em uma esfera privada, o babalawô Ivanir dos Santos, coordenador do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), esclarece: "caso da esfera privada, que só cabia à atriz ou o namorado dela representar" porque se "tornou público, e pode ofender aos adeptos da religião”. A notícia-crime foi apresentada pelos advogados Carlos Nicodemos Oliveira Silva e Maria Fernanda Fernandes Cunha.

Carlos Nicodemos detalha que a notícia-crime se fundamenta em duas linhas de investigação: compreender se a disseminação da mensagem tinha o propósito de fomentar a discriminação nela contida e, em um segundo momento, analisar a própria ofensa.

O enfoque atual do país na punição de atos racistas é destacado por Nicodemos, que ressalta a relevância de investigar casos de racismo religioso e outras manifestações que afetem a dignidade humana. A banalização dessas atitudes contribui para a escalada da violência.

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A delegada Rita Salim, titular da Decradi, confirmou a abertura do registro de ocorrência e informou que as investigações avançarão para esclarecer as possíveis infrações cometidas por Silvana.

Em entrevista que foi ao ar no Domingo Legal deste domingo (20), Silvana negou as acusações e chegou a debochar. "A partir do momento que ela fez 18 anos ela teve o cartão black. Tinha acesso a senha e dinheiro", declarou.

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