Pensão e homofobia: Polícia tenta encontrar comediante foragido

O humorista Carlos Alberto da Silva, o Carlinhos Mendigo do "Panico na TV", está foragido desde fevereiro deste ano e por isso a polícia montou uma espécie de força-tarefa para conseguir cumprir o mandado de prisão existente contra ele. O “desaparecido” tem, além do mandato por não pagar pensão alimentícia, um processo por crime de homofobia cometido após um discurso de ódio voltado ao vereador Thammy Miranda.

De acordo com o jornalista Gabriel Perline, do "IG", a polícia procurou o humorista em dois endereços: um apartamento no Morumbi e outro na Vila Conceição, mas não tiveram sucesso. A ação de pensão alimentícia, que chega a uma dívida de mais de R$ 700 mil, é movida pela ex-assistente de palco Aline Hauck, mãe do filho de Carlinhos, que tem 11 anos.

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O comediante chegou a ameaçar a mãe de seu filho, anos atrás: “Cada dia que passa, mais eu entendo o goleiro Bruno (…) Aqui para a Justiça brasileira, só fodem a vida do meu filho (…) Deveria fazer igual o goleiro Bruno fez, mas a gente tem que só falar, e falar pode, né… e às vezes fazer também, porque com seis anos você tá na rua. (…) Querem a graninha da pensão? Espera aí sentadinha!”, disse Carlos.

Em outubro de 2020 o humorista foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por preconceito e violação de direitos humanos. Ele foi intimado pela Justiça para prestar esclarecimentos sobre a prática dos crimes de homofobia e transfobia, por publicar um texto em seu perfil no Instagram, em julho de 2020, no qual dizia que preferia ser órfão em vez de ser filho de uma pessoa transexual.

“Prefiro ser órfão do que ser adotado por uma mulher operada que se passa por homem, para ter o privilégio de adotar uma criança. Prefiro ser também órfão, do que ser criado por um homem operado se passando também por mulher para querer ser mãe”, escreveu Carlinhos, após discurso de ódio voltado para Thammy Miranda, após o filho de Gretchen ter sido contratado para uma campanha do Dia dos Pais. O comediante foi denunciado por Agripino Magalhães, ativista da Aliança Nacional LGBTI+.

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