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Presidente do Bahia fala sobre preconceito no futebol: 'Mulheres de fachada são comuns'

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O presidente do Bahia, Emerson Ferretti, que namora o bailarino Jordan Dafner, revela ainda que só se relacionou com homens após os 21 anos  |   Bnews - Divulgação Foto: reprodução/ instagram
Juliana Barbosa

por Juliana Barbosa

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Publicado em 05/03/2024, às 09h32


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Em uma reveladora entrevista à revista "Veja", Emerson Ferretti, ex-goleiro renomado por sua passagem por clubes como Flamengo e Grêmio, e atual presidente do Bahia, compartilhou sua experiência como um homem gay em um ambiente tradicionalmente marcado pela homofobia: o futebol brasileiro. Aos 52 anos, Emerson tornou-se o primeiro presidente assumidamente gay de um time brasileiro, mas sua jornada não foi isenta de desafios.

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O gaúcho expôs as décadas que passou dentro dos campos de futebol escondendo sua verdadeira identidade, destacando a dificuldade de ser homossexual em um meio tão conservador. "Passei décadas dentro de um campo de futebol escondendo quem realmente sou", desabafou. Atualmente namorando o bailarino Jordan Dafner, de 27 anos, Emerson Ferretti enfatizou a importância de compartilhar sua história para inspirar outros jovens gays que aspiram ser jogadores de futebol.

O presidente do Bahia também trouxe à tona uma realidade pouco discutida no futebol: a presença de jogadores que, por medo do preconceito, fingem ser o que não são. Emerson apontou a existência comum de relacionamentos de fachada, mencionando que "Namoradas e até mulheres de fachada são mais comuns do que se imagina". Ele compreende a necessidade desse "teatro" para evitar ser o centro das atenções e sofrer prejuízos em suas carreiras.

Em um relato pessoal, Ferretti revelou que só começou a se relacionar com homens após os 21 anos e, com a fama, a pressão sobre sua sexualidade se intensificou. "Em diversos momentos, entrei em depressão e pensei em desistir do futebol", confessou. A pressão social e as fofocas que circulavam pela cidade, apesar de seus esforços para preservar a intimidade, levaram a momentos difíceis, incluindo piadas no vestiário por parte de seus colegas de equipe.

A corajosa narrativa de Emerson Ferretti não apenas lança luz sobre os desafios enfrentados por homossexuais no futebol, mas também destaca a importância de se despir de estigmas para inspirar coragem em jovens que buscam trilhar o mesmo caminho.

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