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Após as festividades de final de ano, o momento mais esperado pelos brasileiros é o Carnaval. Este ano, o tradicional desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro terá uma mistura com o swing da Bahia. A banda Ara Ketu e outros blocos afro da Bahia serão homenageados pela Mangueira, durante o desfile no domingo da folia, na Marquês de Sapucaí.
A presidenta da escola, Guanayra Firmino, recebeu a presidenta do Ara Ketu, Vera Lacerda, no barracão da agremiação, de acordo com o portal UOL. “Estou imensamente feliz de estar na Mangueira hoje. Vamos receber uma homenagem maravilhosa que não há o que pague. Será um carnaval feliz para o Ara Ketu e para a Mangueira. Estaremos juntos em uma festa linda", contou Vera.
A verde e rosa vai usar o enredo "As Áfricas que a Bahia canta" para retratar a influência afro na música baiana. Além do Ara Ketu, serão homenageados o Ilê Aye e o Olodum. Lacerda estará no desfile representando a banda, que foi fundada por ela em 1980, como bloco afro criado no subúrbio ferroviário de Salvador. Além de uma ala inspirada na banda, uma das alegorias vai trazer alguns trechos das músicas do grupo.
"A Mangueira vai prestar uma homenagem aos cortejos afro do carnaval da Bahia e em um dos nossos setores a gente vai abordar a importância dos blocos afro dentro dessa narrativa dessa história de luta, de resistência", esclareceu o carnavalesco Guilherme Estevão. Em seguida ele falou sobre a escolha da banda.
“O Ara Ketu é um símbolo de luta nesse processo, primeiro por ser fundado por uma mulher, a primeira mulher fundadora de um bloco afro. Segundo, por ser um bloco que conseguiu reunir na sua essência a tradição e a ritualística da musicalidade ancestral da cultura negra com a modernidade e as novas tendências que a própria África proporciona para o mundo", completou.
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