Esporte

Empresa que investiga caso de propina teve R$ 13 mi em contratos da Copa

Publicado em 23/03/2015, às 07h29   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


FacebookTwitterWhatsApp

A empresa alemã de engenharia e serviços Bilfinger afirmou neste domingo (22) que está investigando denúncias internas de pagamento de propinas a funcionários públicos e de empresas estatais no Brasil, de acordo com informações do jornal alemão "Bild". A publicação afirmou que a empresa, através da Mauell, um dos seus braços, pagou 20 milhões de euros (R$ 70 milhões) em propinas para obter contratos da Copa do Mundo-2014. Além de funcionários e políticos brasileiros, ele acusa a Fifa de ter recebido parte desse dinheiro.
Nesta segunda-feira (23), a Folha publicou que entre vários contratos da Bilfinger no Brasil, está o fornecimento de monitores para o Centro Integrado de Comando e Controle da Copa do Mundo-2014. O órgão, espalhado pelas 12 cidades-sedes do Mundial, centralizava a vigilância e a segurança da competição. Segundo dados do Portal da Transparência, a empresa recebeu R$ 21,2 milhões do governo federal no ano passado, dos quais R$ 13,1 milhões da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, responsável pelo Centro Integrado de Comando e Controle.
Por meio de nota, a Bilfinger afirmou que as primeiras investigações apontam que realmente houve o pagamento das propinas. No entanto, ainda não é possível determinar os nomes envolvidos no caso. A empresa prometeu ainda tomar ações legais contra quem participou do esquema caso fique comprovada sua existência.
Segundo a Bilfinger, pedidos desse tamanho não são feitos pelo conselho-executivo do grupo. Um porta-voz disse que a Mauell não fez negócios com a Fifa, a entidade que organiza o esporte.
À "Deutsche Welle", a entidade que controla o futebol mundial e organiza a Mundial disse que "o controle de tráfego e os centros de segurança das 12 cidades-sedes da Copa do Mundo era uma responsabilidade dos governos locais. A Fifa e seus funcionários não se envolveram nos contratos com as cidades-sedes ou o governo federal."
O Ministério da Justiça brasileiro informou que irá analisar o caso e deve se pronunciar até esta terça (24).

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp