Com o time enfrentando um dos piores momentos em sua história, o presidente do Esporte Clube Vitória, Raimundo Dias Viana, esqueceu por alguns minutos da crise na última terça-feira (12), durante o lançamento do novo uniforme do Leão, ao lado da mulherada. Eleito em março deste ano, o dirigente não representa bem uma mudança no comando do clube. Ligado aos ex-presidentes Alexi Portela e Carlos Falcão, Viana é tido como a continuação do grupo que está no poder desde a renúncia de Paulo Carneiro, em 2005.
A crise política do Vitória ganhou mais um capítulo na terça-feira (12). Viana perdeu um grande aliado depois que Alexi entregou sua carta de renúncia da presidência do Conselho Fiscal ao presidente do Conselho Deliberativo, José Rocha. A decisão do ex-presidente veio logo após mais um vexame do Rubro-negro em campo, desta vez a derrota em casa para o Sampaio Corrêa na largada da Série B. Na oportunidade, seu filho, Rodrigo Portela atacou em redes sociais a diretoria comandada por Raimundo Viana.
A saída de Portela evidencia ainda mais o racha entre grupos políticos dentro do Vitória. Influente no clube, o dirigente já mostrava descontentamento com a política comandada pelo ex-presidente Carlos Falcão, que o sucedeu no comando do Rubro-Negro. Ainda assim, Falcão e Portela ficaram do mesmo lado na indicação de Raimundo Viana, eleito pelo Conselho Deliberativo após renúncia de Falcão.
Por coincidência, Rocha revelou na noite de segunda-feira que Portela não poderia estar ocupando a presidência do Conselho Fiscal. Segundo o mandatário do Conselho Deliberativo, um artigo da Lei Pelé proíbe que Alexi ocupe ao mesmo tempo o cargo no clube e a presidência da Liga do Nordeste. Com a saída, Alexi Portela, que deve se afastar de vez de Raimundo Viana e sua diretoria, permanece apenas como conselheiro do Leão.
