A bancada da bola deu mais um golpe na votação da MP do Futebol e conseguiu adiá-la novamente, agora para amanhã, às 9h.
Houve quórum hoje, mas uma monobra do deputado baiano ligado ao Vitória, José Rocha, velho capacho da CBF, impediu a votação até que a Ordem do Dia fosse instalada na Câmara dos Deputados, o que torna impossível qualquer votação nas comissões.
O que se sabe é que a bancada da bola quer aumentar para 90% o limite proposto de 70% para os gastos com o futebol, quer impedir qualquer tipo de representação dos atletas, quer suavizar as contrapartidas e aumentar o período que permite aos clubes serem deficitários, quer retirar o artigo que trata a Seleção Brasileira como patrimônio cultural e, em resumo, fazer a MP caducar.
Dois fatos chamaram a atenção hoje: a nenhuma articulação do governo, afinal proponente da MP, para barrar as manobras da bancada da bola e atitude de Romário, que sob o pretexto de querer que a MP denuncie a CBF, o que não pode ser objetivo dela, anunciou que votará contra ela, ou seja, votará com a bancada da CBF.
O senador em busca de protagonismo, apesar de aliado de Eurico Miranda, que votou em Marco Polo Del Nero, imagina que só ele é esperto, enquanto comanda uma CPI que não existe.
Cínico, se quer um artigo que puna a CBF na MP (a CBF não tem dívida com o Estado brasileiro) porque ele mesmo não propõe uma emenda? Enfim, o mesmo oportunista de sempre.
Informações de Juca Kfouri
