Esporte

Depois de 18 meses, ex-presidente do Vitória rompe o silêncio

Publicado em 17/09/2016, às 07h39   Galáticos Online


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Força ativa no conselho do Esporte Clube Vitória, o ex-presidente do cube, Carlos Falcão, quebrou o silêncio após 18 meses renunciar ao cargo mais alto do clube rubro-negro. Após a matéria publicada pelos Galáticos sobre o processo eleitoral que foi motivo de confusão na última reunião, Falcão resolveu responder ao site, e enviou nota de esclarecimento para a redação.

Na nota, o ex-presidente do Leão destaca os serviços prestados enquanto presidente e o legado deixado para Raimundo Viana. Além disso falou sobre o tempo que tem como conselheiro, para em seguida deixar claro que vai continuar opinando ‘sobre votações no Conselho Deliberativo do Clube’.

Confira a nota na íntegra:

“Há exatos 18 meses deixei a presidência do Vitoria, sendo essa a 1ª vez que me manifesto publicamente sobre o meu Clube em todo esse tempo. Nesse período mantive-me em completo silencio, recusando-me a atender sucessivos e constantes pedidos de entrevistas da imprensa falada e da imprensa escrita. Optei por um silencio respeitoso, e mantive essa decisão tanto quando o Vitoria subiu em 2015, quando alguns creditavam a nos parte do êxito, tanto quando o Vitoria entrou na zona de rebaixamento em 2016, onde alguns ainda debitavam a nos parte desse fracasso.

Renunciei porque não obtive, em campo, os resultados que eu e nossa a torcida esperava, Apesar disso, deixei ao meu sucessor, segundo correspondência enviada por ele a todos os conselheiros em 07/04/2015 “ Instituição organizada em todos os seus Departamentos, contudo, necessitando de atenção especial ao FUTEBOL.”

Optei, por uma das decisões mais difíceis de um homem publico. Renunciar ao poder. Como disse, na minha despedida, assim o fiz, por coragem, caráter e acima de tudo, amor ao Vitória. Infelizmente, apesar de todo o esforço e dedicação, não consegui entregar ao meu torcedor o que todos nos desejávamos. Títulos. Assim, com humildade, despedi-me da presidência do Esporte Clube Vitória.

Porém apesar disso, alem de um Clube organizado em todos os departamentos, leguei ao meu sucessor, todos patrocínios hoje ainda vigentes. Os contratos da Globo, Puma, Ambev, CAIXA e Tim, foram assinados originalmente ou na minha gestão como presidente ou  como VP de Alexi Portela. As obras dos campos superiores, também, foram majoritariamente construidos com recursos oriundos do convenio “Vitoria da Cidadania”, assinado com o governo do Estado na nossa gestão como VP do Vitoria.

Fui o primeiro sócio torcedor eleito presidente do Vitoria. Segundo lista publicada no site oficial em março de 2016, sou associado SMV há 119 meses, possivelmente um dos 20 sócios torcedores mais antigos do Clube. Sou conselheiro desde 1989, isto é, 27 anos, e o único conselheiro nato associado ao SMV. Já fui diretor de planejamento entre 2000 a 2004, vice presidente entre 2007 e 2013, e presidente entre 2013 e 2015. Assim, pergunto: Será que eu não tenho o direito de opinar sobre votações no Conselho Deliberativo do Clube?

Por isso, fiquei surpreso ao ler a matéria hoje no site, criticando, indiretamente, o meu direito de opinar sobre a votação realizada 4ª feira, que teoricamente, aprovaria as eleições diretas no Vitoria. Fui contra sim, e por varias razões:

Pelo estatuto do Vitória não cabe ao Conselho diretor propor mudanças estatutárias, mas sim ao conselho deliberativo

Já existe uma minuta aprovada deste novembro/2015, por conselheiros que aprovaram a eleição direta

A eleição em chapão proposta pelo conselho diretor, na minha opinião, não seria eleição direta. Eleger chapa fechada com todos os candidatos juntos, na mesma chapa, sem direito de escolha? Será isso mesmo que o torcedor do Vitoria desejava?

O Conselho fiscal obrigatoriamente eleito na mesma chapa do conselho diretor, que ele deve fiscalizar, na minha opinião, seria no mínimo inadequado.

Apesar de não ser advogado entendi que  a proposta do conselho diretor não respeitava a decisão judicial que determina que todos as emendas sejam aprovadas pelo conselho

O famigerado artigo 91, incluído nas disposições transitórias, na pratica proibiria que todos os contratos já assinados para construção da Arena Barradão fossem modificados. Só que esses contratos não foram sequer avaliados pelo conselho fiscal nem aprovados pelo conselho deliberativo.

Aliás, a nossa opinião era tão coerente que na hora da votação o próprio presidente Raimundo Viana retirou da sua proposta o Chapão e o artigo 91, comprovando a validade dos nossos argumentos.

Assim peço-lhe que, não somente por um dever de verdade jornalística, mas principalmente pela lealdade que sempre caracterizou nosso relacionamento, que seja publicado no site a íntegra dos nossos esclarecimentos.

Um grande abraço

Carlos Sérgio Falcão”

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