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Restos mortais de Garrincha somem de cemitério do Rio de Janeiro

Publicado em 31/05/2017, às 08h47   Redação BNews


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Morto em 1983, aos 49 anos, em decorrência do alcoolismo, o ex-jogador do Botafogo e da seleção brasileira, Mané Garrincha, poderá receber uma homenagem em outubro, quando completaria 84 anos. Mas, a reverência, que seria da prefeitura de Magé, na Baixada Fluminense, está comprometida por um fato, no mínimo, curioso. 
Depois de 34 anos da morte, a família do atacante confirmou nesta semana, que não sabe onde o corpo do ex-jogador está enterrrado. O bi-campeão mundial pela seleção foi sepultado no Cemitério municipal de Raiz da Serra, em Magé, mas uma confusão tornou um mistério a localização dos restos mortais do craque. 
Em contato com o jornal Extra, a administração do cemitério admite a hipótese de que os restos mortais de Garrincha possam até ter se perdido durante um processo de exumação. "Pelo que a gente pesquisou, não se tem certeza de que ele está enterrado. Houve uma informação de que o corpo foi exumado e levado para um nicho (gaveta no cemitério), mas não há documento da exumação", disse Priscila Libério, atual administradora do cemitério.
O caso ficou ainda mais complicado depois da descoberta de que há duas sepulturas no cemitério com o nome de Garrincha. O corpo de Garrincha teria sido retirado, há cerca de dez anos, do túmulo onde originalmente foi sepultado, para ceder o espaço para outra pessoa da família, já que a sepultura era coletiva. Com issso, outro túmulo foi foi construída em 1985 pela Prefeitura de Magé, 200 metros distante do primeiro, e que foi marcado com um belisco. 
Ainda de acordo com o Extra, na época, familiares de Garrincha foram informados de que  a ossada do atleta foi retirada para ser colocada num nicho, mas que ninguém assistiu a exumação do corpo e nem há registros do procedimento. Além disso, a sepultura onde Mané Garrincha foi enterrado originalmente, em 1983, consta que ele morreu 20/01/1985, dois anos após a data correta.
Segundo a publicação, a atual administração da Prefeitura de Magé descobriu, por acaso, que o destino do corpo é incerto. O prefeito Rafael Tubarão queria fazer uma homenagem ao craque, que completaria 84 anos em outubro. Ele procurou saber o local exato do sepultamento e recebeu da Secretaria de Ação Social um relatório de um recadastramento no cemitério, feito em anos anteriores, que dizia que o corpo tinha sido exumado.
Diante do caso, o prefeito de Magé se dispôs a ajudar para descobrir onde está os restos mortais do jogador. "Se a família concordar, faço exumação nas sepulturas. E um DNA para saber se algum corpo é o de Garrincha", disse Tubarão. 

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