Esporte

COI afasta Nuzman de funções e suspende o Comitê Olímpico do Brasil

Folhapress
O chefe da comissão, o ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, expressou que Nuzman ainda tem direito a defesa  |   Bnews - Divulgação Folhapress

Publicado em 06/10/2017, às 11h59   Folhapress


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O Comitê Executivo do COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou há instantes que Carlos Arthur Nuzman, preso nesta quinta-feira (5) pela Polícia Federal, foi suspenso de suas funções na entidade.

Nuzman era membro honorario do COI e integrava a comissão de coordenação para os Jogos de Tóquio-2020.

Além disso, o comitê internacional suspendeu o Comitê Olímpico Brasileiro.

Com a punição, o COB está impedido de receber pagamentos e subsídios repassados pelo COI. O comitê nacional também perde seus direitos como filiado ao COI, como fazer parte de associações de comitês olímpicos nacionais.

Apesar disso, o COI ressaltou que os atletas brasileiros não serão prejudicados. O país poderá enviar delegação para os Jogos Olímpicos de Inverno, que ocorrerão em fevereiro próximo, em PyeongChang, na Coreia do Sul, e outros eventos.

Bolsas escolares a atletas do país, geralmente concedidas por meio do programa Solidariedade Olímpica, também estão mantidas.

As sanções, que são provisórias, passam a vigorar de imediato.

Elas só serão derrubadas um vez que a liderança do COB apresente um plano de governança que satisfaça o comitê executivo do COI.

Liderado por seu presidente, o alemão Thomas Bach, o comitê executivo do COI acatou recomendação da comissão de ética da entidade, deliberada nesta sexta-feira (6).

O chefe da comissão, o ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, expressou que Nuzman ainda tem direito a defesa, mas diante da gravidade dos fatos é urgente que o COI tome uma posição.

Em respeito à regra 59 da Carta Olímpica, ele sugeriu que o COI retirasse Nuzman dos cargos que ocupava, o que foi acatado.

RIO-2016

Na mesma nota divulgada, o COI afirmou que encerrou toda e qualquer obrigação com o Comitê Organizador dos Jogos do Rio, do qual Nuzman é presidente, em dezembro de 2016.

E que todas as cooperações financeiras até mesmo excederam o que era combinado. Assim, o COI não dará qualquer assistência ao Rio-2016, que hoje ainda tem uma dívida de quase R$ 130 milhões a saldar com fornecedores, consumidores e ex-funcionários.

"O COI decide suspender provisoriamente todas as relações com o Rio-2016", disse o comunicado.

A suspensão pode ser revista caso problemas de governança do Comitê Organizador Rio-2016 satisfaçam a cúpula do COI.

Entretanto, dificilmente a dívida dos organizadores será quitada, uma vez que a prefeitura do Rio, o governo do Estado e a União têm se recusado a repassar recursos.

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