Esporte

COI encerra suspensão ao Comitê Olímpico Brasileiro após 4 meses

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Suspensão veio por suspeita de compra de votos para que Rio fosse sede dos Jogos  |   Bnews - Divulgação Folhapress

Publicado em 03/02/2018, às 21h13   Folhapress



Após quatro meses, o COI (Comitê Olímpico Internacional) encerrou a suspensão ao COB (Comitê Olímpico do Brasil), que vinha desde outubro de 2017, depois de uma investigação sobre a compra de votos para que a cidade do Rio de Janeiro fosse escolhida como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Paulo Wanderley, presidente do comitê olímpico nacional, comemorou a decisão. "Estamos muito felizes com a decisão do COI. É um reconhecimento ao trabalho e ao esforço que o Comitê Olímpico do Brasil vem fazendo ao longo dos últimos três meses, pautados na austeridade, meritocracia e transparência e em conformidade com a Agenda 2020 do COI. Estamos certos de que com seu novo estatuto, o COB é hoje um exemplo de boa governança para entidades esportivas do mundo todo. Vamos continuar trabalhando firmemente para ratificar esse compromisso com uma gestão moderna do esporte", disse em nota divulgada pela entidade.

Wanderley assumiu o órgão depois da prisão de Carlos Arthur Nuzman, acusado de ter participado do esquema de compra de votos.

"O COI elogiou as medidas adotadas pelo COB em prol de uma nova governança da entidade, como as mudanças no estatuto da entidade, que garantiu maior participação de atletas nas decisões e eleições do COB e criou um sistema de gestão mais moderno e eficiente, com a criação do Conselho de Administração e do Conselho de Ética", diz o comunicado do COB.

O COI concluiu que o comitê brasileiro não está envolvido no caso da suposta compra de votos para o Rio sediar os Jogos Olímpicos. O COB também destacou que mudanças feitas dentro da entidade desde a suspensão deixaram o órgão internacional "satisfeito".

"Com a decisão, o COB fica livre para voltar a receber recursos financeiros do COI, provenientes dos patrocínios que a entidade recebe e cuja parte do valor é dividida para as despesas de todos os Comitês Olímpicos Nacionais. A expectativa é que o COB receba US$ 2,2 milhões referentes ao saldo restante de 2017 e mais US$ 3,015 milhões no final de 2018, de acordo com o que prevê o contrato com o COI. Durante a suspensão ao COB, o COI manteve apenas os recursos para o apoio direto aos atletas, através do Programa Solidariedade Olímpica Internacional", explica a nota do comitê.

Em outubro do ano passado, o comitê executivo do COI já havia revogado parcialmente a punição da entidade. Com isso, o COB voltou a ser reconhecido como um NOC (comitê olímpico nacional, na sigla em inglês), podendo participar as reuniões da associação dos comitês e da associação dos comitês das Américas.

A entidade, porém, ainda não podia receber a sua parcela de um mecanismo que transfere, para os comitês olímpicos nacionais, parcela do que os patrocinadores olímpicos pagam ao COI. 

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