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FBF não publica colégio eleitoral e Ednaldo trabalha para ser candidato único

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Recentemente, mudanças no estatuto da FBF pegaram muitos desportistas de surpresa  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 20/03/2018, às 13h38   Redação Galáticos Online


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A eleição para o novo mandato da Federação Bahiana de Futebol (FBF) acontecerá ainda este ano, em data a ser escolhida pelo próprio Ednaldo Rodrigues. Porém, até hoje a entidade não disponibilizou os estatutos no site oficial. Recentemente, mudanças no estatuto da FBF pegaram muitos desportistas de surpresa. Pontos polêmicos comprometem a democracia e favorecem quem está no poder.

A reforma estatutária, proposta pelo presidente Ednaldo Rodrigues e aprovada por um grupo pequeno de Ligas e Clubes que compareceram à Assembleia Geral Extraordinária da entidade não traz benefícios para o futebol baiano.

Um dos pontos polêmicos no novo estatuto diz respeito ao prazo para realização das eleições na entidade. Antes de 6 meses, agora o presidente da FBF pode marcar as eleições até um ano antes do fim do mandato, ou seja, caso um outro candidato seja eleito, terá que esperar até por um ano para tomar posse.

O voto por procurações, bastante criticado e que serve para manter o controle dos votos, não sofreu alteração. Atualmente, o presidente da FBF pode ser eleito com 100% dos votos através de procurações.

Porém, o que chama mais atenção são os critérios de desempate na eleição para o cargo de presidente. Caso aconteça um empate entre dois candidatos, será eleito o que tiver desempenhado cargo na FBF na última gestão. Como segundo critério de desempate, foi estabelecido que o vencedor será aquele que tenha ocupado o cargo de maior hierarquia na gestão finda, o cargo de presidente, ocupado pelo próprio Ednaldo Rodrigues. O terceiro critério de desempate estabelece que o vencedor será aquele que tenha ocupado cargos em outras gestões da entidade, o que também favorece o atual mandatário, que está na FBF desde 1990. Por fim, completam os critérios de desempate aquele que tenha ocupado o cargo mais elevado em um filiado da entidade e o mais idoso.

 As mudanças acabaram beneficiando somente Ednaldo Rodrigues, que está no cargo há 16 anos e deve tentar renovar seu mandato mais uma vez. O dirigente poderá permanecer na presidência até 2022.

O cartola, inclusive, já está de posse de procurações das ligas e de alguns clubes. A intenção é, mais uma vez, realizar às eleições sem transparência e divulgação. A FBF, até o momento, não publicou o colégio eleitoral e o atual presidente trabalha nos bastidores para ser candidato único.

A democracia e a alternância de poder deram lugar, no novo estatuto da FBF, à perpetuação no poder daquele que comanda a entidade.

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