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Conselho Fiscal emite parecer e destaca déficit nas contas do Vitória

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Conselheiros destacaram o déficit de mais de R$ 59 milhões   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 06/06/2018, às 19h49   Redação Galáticos Online



O Conselho Fiscal do Vitória emitiu, nesta terça-feira (5), seu parecer sobre as contas do clube. O Galáticos Online teve acesso ao documento.

Os conselheiros destacaram o déficit nas contas acumulado em 2017, que chegou ao valor de mais de R$ 59 milhões. Segundo o relatório, parte deste déficit pode ser justificado em decorrência de necessários ajustes contábeis pendentes de registros que em sua maior parte remontam a exercícios anteriores.

"Como consequência desses reconhecimentos contábeis a Entidade apresentou passivo a descoberto em 31 de dezembro de 2017 no valor de R$ 20.410.008", diz o documento.

Só de dívidas antigas de IPTU junto à Prefeitura de Salvador, o clube reconheceu, em 2017, R$19.098.307, contra os R$1.420.999 reconhecidos em 2016.  

Deste valor, R$17.673.579 correspondem a gestões anteriores, principalmente a partir da gestão do ex-presidente Paulo Carneiro. Também das gestões antigas vêm grande déficit proveniente de ações trabalhistas e cíveis.

Outros diversos assuntos constam no relatório, como o não cumprimento do compromisso com a Universo referente à parceria no Basquete, contratos de atletas profissionais e de base, desestruturação do centro de inteligência, antecipações de pagamentos em desfavor do clube, pagamentos de direito de imagem em percentual excessivo, falta de planejamento na contratação de ex-diretor de futebol.

Destaca-se, também, que o Conselho Fiscal considerou que o clube definiu "de forma desarrazoada as premiações por títulos ou atingimento de metas do treinador Vagner Mancini".

Em comparação com o período em que Argel Fucks era o técnico, houve aumento de 48,33% na premiação pelo título baiano; aumento de 196,7% na premiação por título da Copa do Nordeste; 122,50% por título da Copa do Brasil e 196,67% por classificação para a Libertadores.

O documento ainda registra que em 2017 houve aumento de despesas sem autorização do Conselho Deliberativo, o que fere o estatuto do clube. Só com o futebol profissional foi gasto R$ 21.433.252 a mais do que o orçado no início do ano.

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