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Irmão de Ricardo Teixeira vai ser interrogado em inquérito policial

Imagem Irmão de Ricardo Teixeira vai ser interrogado em inquérito policial
Guilherme Teixeira é suspeito de participação em lavagem de dinheiro  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/10/2011, às 13h51   Redação Bocão News


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O cerco está cada vez mais fechado para Ricardo Teixeira: o Ministério Público Federal obriga que Guilherme Teixeira,  irmão do presidente da CBF, também seja interrogado no inquérito policial por lavagem de dinheiro. Guilherme atua como procurador de Ricardo no comando de empresas suspeitas por evasão de divisas, há mais de dez anos.

Para piorar o cenário da família Teixeira, outro fato oficial:  o Conselho Nacional de Justiça determinou uma apuração na conduta de juízes federais que se relacionam com a Confederação Brasileira de Futebol, no momento em que seu presidente Ricardo Teixeira está sendo investigado por lavagem de dinheiro. A corregedoria não gostou de saber que juízes federais vão participar de torneio de futebol no campo da CBF, na Granja Comary, em novembro. Teixeira também dirige o Comitê Organizador da Copa 2014.

A Delegacia de Crimes Financeiros, da Superintendência da PF do Rio de Janeiro, começará a investigação contra Teixeira e seu irmão Guilherme ainda esta semana.

 O CNJ teme que as ligações de amizade e favorecimentos possam atrapalhar o fluxo dos trabalhos dos juízes que deverão julgar o caso, após possível denúncia.

A Ajufe, que representa os juízes federais e que será analisada pelo CNJ, explicou em duas  notas que o apoio da CBF à entidade é "institucional e não é lícito":“A licitude da parceria institucional entre a Ajufe e CBF, para a realização de eventos como Futebol Cidadão e Projeto João de Barro, é incontestável e idêntica à realizada entre a CBF e o próprio Conselho Nacional de Justiça”.

Esse trecho da nota varou os andares do CNJ como uma bala perdida. “é um equívoco dizer isso, porque não temos convênio com a CBF”, explicou um assessor do Conselho de Justiça. “Nosso projeto atende os ex-detentos que precisam de emprego. As sedes da Copa 2014 deverão empregar certo número de cidadãos que cumpriram suas penas e precisam de uma nova chance”.

Como formalidade, o CNJ só pode investigar juízes suspeitos de favorecimento nesse tipo de convênio. “Não se pode investigar a Ajufe como entidade privada. Mas se algum juiz recebeu algum tipo de favorecimento ou dinheiro, a corregedoria entrará em ação”, informou o assessor.

Outro problema que cerca a investigação contra Ricardo Teixeira pode estar na própria Polícia Federal do Rio de Janeiro, onde laços de amizade já se estenderam da CBF até a associação dos delegados federais.

“Teixeira participou da posse do delegado Valmir Lemos de Oliveira, superintendente da PF no Rio de Janeiro, recentemente”, informou uma fonte da Justiça carioca. Lemos de Oliveira, como superinendente local,  é o responsável maior pelo inquérito de lavagem de dinheiro, pedido pelo Ministério Público Federal.

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