Presidente do Conselho Deliberativo admite pequena condição de governabilidade de Ricardo David

A continuidade do mandato de Ricardo David está em discussão nos bastidores do Vitória. O clamor pela saída do dirigente aumentou a possibilidade de renúncia, que antes era remota e descartada pelo próprio.

Atual presidente do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, cargo que assumiu após a renúncia de Paulo Catharino Gordilho Filho, Robinson Almeida reconheceu a situação complicada para Ricardo David no clube. "A condição de governabilidade do Conselho Diretor é muito pequena. Os resultados em campo são muito ruins em 2018 e agora em 2019 começou de forma catastrófica. Isso amplificou a crise. O ambiente interno está conturbado. Concordo que há uma dificuldade grande, o clima está pesado. Mas, tudo depende também das condições de campo, resultados que vejo hoje como muito difíceis a curto prazo", disse à Equipe dos Galáticos.

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O deputado estadual pelo PT apontou que o melhor caminho, caso a renúncia se concretize, é a antecipação das eleições marcadas para setembro. "O mais adequado é uma antecipação de eleições para dar legitimidade a um eleito para conduzir o clube. Vamos sentar e conversar para ver a melhor solução. Minha estratégia é encontrar uma saída negociada, pois que entrar também não pode sair na primeira derrota. Temos que ter cuidado. Quem sofre com isso é a instituição. Precisamos de amparo regimental para dar estabilidade ao clube". 

O deputado também revelou já ter conversado com alguns ex-presidentes do Leão para tentar uma saída pacífica para a crise. "Liguei para várias lideranças, ex-presidentes. Falei com Alexi Portela, José Rocha, Raimundo Viana, Ivã de Almeida. Liguei e recebi ligações de vários. Pretendo conversar com todos. Precisamos de convergência entre todos que amam o Vitória, estou buscando isso para solucionar essa crise".

Já sobre sua relação com o mandatário do clube, ele garantiu ser apenas  institucional. "Não tenho relação pessoal com Ricardo David. Não apoiei a candidatura dele. Minha relação com ele foi sempre institucional. Politicamente, não tenho nenhum vínculo com ele".

Almeida ainda se defendeu das reclamações de um grupo de conselheiros, que em carta aberta nesta segunda-feira (18) o acusou de ser ausente nas reuniões do órgão e de não atender solicitações dos membros. "Primeiro, fui deputado federal, depois tive a campanha para deputado estadual. A maioria das reuniões se chocava com datas com meus compromissos em Brasília. Segundo, não fui eleito presidente e sim vice-presidente, e sei muito bem a competência dessa função. Estou aberto a receber todos os conselheiros, mas também não vou ficar discutindo em redes sociais. Estou seguro das minhas responsabilidades e vou tratar todos os conselheiros da maneira que eles merecem".