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Mundial de surfe vira funil para definir brasileiros em Tóquio-2020

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A principal forma de se classificar para o evento no Japão é se destacar na Liga Mundial de 2019  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 03/04/2019, às 08h32   Redação Galáticos Online



A temporada 2019 da Liga Mundial de Surfe (WSL) começou na noite desta terça-feira (2) e segue na manhã desta quarta (3) na Austrália, novamente com domínio brasileiro entre os participantes da competição masculina e pelo menos três deles entre os principais candidatos ao título. A novidade é que neste ano também haverá disputa pelas vagas destinadas ao país na Olimpíada de Tóquio-2020, quando o esporte fará sua estreia nos Jogos Olímpicos.

A principal forma de se classificar para o evento no Japão é se destacar na Liga Mundial de 2019. Garantem vaga os dez primeiros colocados do ranking entre os homens e as oito primeiras mulheres.

Como há limite de até dois representantes por país em cada gênero, a tendência é que as vagas para a competição masculina sejam bastante disputadas entre os 11 surfistas brasileiros na elite. O Brasil repete o número registrado no ano passado e novamente é a nação com o maior número de atletas na competição, superando concorrentes tradicionais como Austrália e Estados Unidos.

Os favoritos do país ao título são o bicampeão mundial Gabriel Medina (2014 e 2018), Filipe Toledo e Italo Ferreira, respectivamente terceiro e quarto colocados no ano passado. Ao menos um deles, no entanto, ficará fora da disputa olímpica em 2020. Entre os rivais estrangeiros, destaque para o australiano Julian Wilson, atual vice-campeão, e John John Florence, vencedor em 2016 e 2017. No ano passado, o surfista do Havaí, considerado o maior adversário de Medina, sofreu com uma lesão e abandonou a temporada após cinco etapas.

Oito nomes do país tentarão surpreender: Willian Cardoso, Michael Rodrigues, Adriano de Souza (campeão em 2016 e que começa a temporada lesionado), Yago Dora, Jessé Mendes, Peterson Crisanto, Deivid Silva e Jadson André.

Já entre as mulheres, as vagas brasileiras devem ficar com as duas representantes do país na elite: Tatiana Weston-Webb, 22, que vive no Havaí desde os dois anos de idade e somente em 2018 passou a defender o Brasil, e a cearense Silvana Lima, 34, duas vezes vice-campeã mundial.

Há outras formas de se classificar para Tóquio além da Liga Mundial. Os Jogos Mundiais de Surfe (organizados pela ISA, federação internacional da modalidade, e menos relevantes que a liga) e o Pan-Americano de Lima, no meio do ano, também distribuirão vagas. No caso brasileiro, porém, a tendência é que elas sejam preenchidas já pelo primeiro critério de classificação, que é o desempenho na liga.

Medina, 25, que chegou a dizer no início de 2018 que a Olimpíada não seria uma prioridade, adotou discursou bem mais empolgado com os Jogos desde que conquistou o bicampeonato, em dezembro.

Ainda há dúvidas sobre alguns pontos da classificação. Segundo os critérios publicados pelo Comitê Olímpico Internacional em março de 2018, para se classificar aos Jogos Olímpicos, os surfistas devem ter uma boa relação com sua federação nacional e com a ISA. Não há uma definição do que seria essa boa relação.

Outra exigência é participar das edições de 2019 e 2020 dos Jogos Mundiais de Surfe, competição que não costuma estar no radar dos principais atletas do mundo. É possível que haja um conflito de calendário com a liga, que costuma ir de abril a dezembro. A janela da competição olímpica vai de 25 a 29 de julho.

Além do duelo pelas vagas em Tóquio, a edição 2019 da Liga Mundial de Surfe terá outra novidade. Pela primeira vez, a premiação para homens e mulheres será a mesma em todas as etapas do circuito.

A medida foi anunciada em setembro. A competição é transmitida pela ESPN e via streaming da WSL, no site da entidade e no Facebook.

Classificação Indicativa: Livre

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